Chris standing up holding his daughter Elva

A CNT (Confederação Nacional do Transporte) participou de audiência pública para debater a proposta de tarifa zero para o transporte coletivo urbano na cidade de Campo Grande (MS). O debate foi realizado na Câmara Municipal da capital sul-mato-grossense, na segunda-feira (29), e reuniu autoridades, especialistas e usuários.

Em discussão, estavam possíveis soluções voltadas para o fim da cobrança de tarifa para quem usa serviços públicos de mobilidade urbana, em especial dos ônibus. O objetivo é coletar experiências e conhecimento técnico que permita implementar esse benefício para a população de Campo Grande.

A gerente do Poder Executivo da CNT, Danielle Bernardes, representou a Confederação na audiência. Em sua fala, defendeu atrelar o modelo a estudos de sustentabilidade e viabilidade econômico-financeira como forma de garantir o sucesso da implementação.

Danielle Bernardes enfatizou que a tarifa zero foi implementada com sucesso apenas em municípios pequenos, razão pela qual é necessária cautela. Campo Grande é uma cidade grande, com quase 900 mil pessoas, por isso existe alguns entraves quanto ao financiamento da iniciativa.

“Nós temos alguns municípios de menor porte que já tem essa realidade implantada. Todos passaram por um momento de estudos e de análise de impacto regulatório — e é isso que a gente defende. Precisamos ter um transporte público funcional, de qualidade para a população, e sustentável”, analisou a gerente da CNT.

Outros posicionamentos

O deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), membro da Frente Parlamentar em Defesa da Tarifa Zero na Câmara dos Deputados, acredita que operar o sistema de transporte através da tarifa paga pelo usuário não é o correto. “A conta não fecha e, cada vez mais, as pessoas vão deixar o transporte coletivo de lado. A tarifa zero não é uma coisa absurda. No mundo todo se discute esse tema e temos várias cidades com tarifa zero”, detalhou.

O vereador Ayrton Araújo (PT-MS) acredita que o modelo vai além do mero benefício para o usuário, podendo gerar emprego e renda para a população, bem como melhoria na qualidade do transporte coletivo. “É um custo alto para o trabalhador e para o empresário. É um projeto fantástico e espero que, realmente, após essa audiência pública, haja interesse do Poder Executivo”, concluiu.

CNT - Confederação Nacional do Transporte

SAUS Q.1 - Bloco J - Entradas 10 e 20
Ed. Clésio Andrade - CEP: 70070-944 - Brasília - DF
Fale Conosco: (61) 2196 5700

©2023 - Confederação Nacional do Transporte