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A inflação no país está arrefecendo. Em março, o índice geral de preços, medido pelo IPCA (índice geral de preços ao consumidor), aumentou 0,16%, bem abaixo do registrado em fevereiro, 0,83%. Embora em 12 meses o IPCA acumule alta de 3,93%, o valor é o mais baixo desde junho do ano passado. Já o índice de preços do grupo transporte apresentou diminuição de 0,33% em março, acumulando alta de 3,70% em 12 meses. Os detalhes estão no novo Boletim de Conjuntura Econômica de abril, divulgado nesta quarta-feira (17) pela CNT (Confederação Nacional do Transporte).

O panorama econômico viabilizou novo corte na Selic, taxa básica de juros. A meta da taxa Selic passou de 11,25% para 10,75% ao ano. A decisão ocorreu na segunda reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), nos dias 19 e 20 de março. A expectativa de mercado, reportada no Boletim Focus, do Banco Central, é de que, até dezembro próximo, a taxa Selic chegue a 9% ao ano.

O diesel também apresenta recuo na inflação acumulada em 12 meses desde agosto de 2023. No entanto, o transportador deve estar atento devido às incertezas do atual cenário internacional. O recente ataque do Irã a Israel deve, inclusive, reverberar em inflação para o setor transportador nos próximos meses, tendo em vista que o Irã é o segundo maior produtor de petróleo da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e possui em torno de 10% das reservas mundiais. 

Orçamento

Na última segunda-feira, o governo federal enviou para apreciação do Congresso Nacional o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias 2025 (PNL 3/2024). O texto estabelece as diretrizes para a elaboração e execução da LOA (Lei Orçamentária Anual) do ano que vem. O projeto propõe equilibrar receitas e despesas em 2025 (sem geração de déficit ou superávit), repetindo a meta de 2024. Assim, a dívida pública como proporção do PIB crescerá até 2027, alcançando 79,7%, e só começará a cair em 2028. 

Há uma previsão de priorização de investimentos no âmbito do novo PAC. As despesas do orçamento de investimento destinadas ao Programa, limitadas a R$ 5,00 bilhões, não serão consideradas na meta de resultado primário. Assim, os investimentos em infraestrutura ficam menos suscetíveis a cortes, caso a arrecadação fique abaixo das expectativas.

Os recursos destinados para emendas parlamentares impositivas somam R$ 39,60 bilhões. O valor equivale a 0,32% do PIB (Produto Interno Bruto). A vantagem é que, uma vez aprovadas essas emendas parlamentares ao Orçamento, o governo tem de executá-las em 2025. “O setor transportador deve estar atento aos prazos para a mobilização de parlamentares, para garantir emendas que viabilizem obras que ampliem a oferta e a qualidade das infraestruturas de transporte no país”, enfatiza a gerente executiva de Economia da CNT, Fernanda Schwantes.

A estratégia se faz necessária diante do grande descompasso entre o que tem sido efetivamente aplicado pelo governo em infraestruturas de transporte nas últimas décadas e a necessidade estimada pelo setor. O papel da CNT e das federações do transporte é de estar na linha de frente na defesa dos interesses do setor, junto ao Legislativo.

Acesse a íntegra do Boletim de Conjuntura Econômica

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