Chris standing up holding his daughter Elva
?A 137ª Pesquisa CNT/MDA, divulgada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) nesta segunda-feira (20), aborda as eleições de 2018. O levantamento traz as preferências dos entrevistados em cenários de primeiro e segundo turnos e o limite de voto nos candidatos. Além disso, trata sobre a percepção dos brasileiros a respeito de diferentes propostas e posicionamentos apresentados pelos candidatos à Presidência da República, o grau de interesse nas eleições e os fatores que influenciam a decisão de voto, além do financiamento de campanhas. 

Traz, ainda, a avaliação pessoal e do governo do presidente Michel Temer e a expectativa dos brasileiros para os próximos seis meses sobre temas, como economia, saúde, segurança e educação. 

A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 18 de agosto de 2018. Foram ouvidas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), sob o número BR-09086/2018.



Conclusão 


Os resultados da 137ª Pesquisa CNT/MDA mostram crescimento e liderança do ex-presidente Lula na intenção de voto para presidente da República, com Jair Bolsonaro na segunda posição. Caso Lula não consiga ter sua candidatura aprovada pela Justiça Eleitoral, Fernando Haddad, Marina Silva, Ciro Gomes e Jair Bolsonaro, nessa ordem, seriam os principais herdeiros dos seus votos; 31,3% votariam em branco ou nulo e 16,6% declararam-se indecisos. 

Nos cenários de 2º turno sem o ex-presidente Lula, observa-se empate técnico nas seis simulações realizadas, envolvendo os nomes de Jair Bolsonaro, Marina Silva, Geraldo Alckmin e Ciro Gomes. Verifica-se, ainda, grande número de votos brancos, nulos e de indecisos.

A avaliação da atuação do presidente Michel Temer e a sua aprovação atingem os menores níveis da série histórica das pesquisas CNT de Opinião, realizadas desde 2001.

A expectativa da população para os próximos seis meses permanece pessimista para as áreas da economia, saúde, educação e segurança.

Em relação às eleições para presidente neste ano, a maioria se mostra com pouco ou nenhum interesse, assim como também conhece pouco ou nada sobre as opções de candidatos. Esses resultados, aliados ao elevado percentual de votos brancos, nulos e de indecisos para os cenários sem o nome do ex-presidente Lula, apontam para uma disputa com grande indefinição e possibilidade de mudanças importantes ao longo do período eleitoral.

As áreas prioritárias para o Brasil envolvem saúde, educação, emprego e segurança, enquanto que as características mais importantes para o próximo presidente são a honestidade, a apresentação de novas propostas para o país e a trajetória de vida do candidato.

Sem a participação do ex-presidente Lula a eleição está aberta e é importante que a definição dos Tribunais sobre a possibilidade de sua candidatura seja feita rapidamente, para que a eleição transcorra com legalidade e normalidade.?

Resumo dos resultados


Eleição presidencial 2018


1º turno: Intenção de voto ESPONTÂNEA

?Lula: 20,7%
Jair Bolsonaro: 15,1%
Geraldo Alckmin: 1,7%
Ciro Gomes: 1,5%
Alvaro Dias: 1,3%
Marina Silva: 1,1%
Outros: 1,4%
Branco/Nulo: 18,1%
Indecisos: 39,0%

?1º TURNO: Intenção de voto ESTIMULADA

Lula: 37,3%
Jair Bolsonaro: 18,8%
Marina Silva: 5,6% 
Geraldo Alckmin: 4,9% 
Ciro Gomes: 4,1% 
Alvaro Dias 2,7% 
Guilherme Boulos: 0,9% 
João Amoêdo: 0,8% 
Henrique Meirelles: 0,8% 
Cabo Daciolo: 0,4% 
Vera: 0,3% 
João Goulart Filho: 0,1% 
José Maria Eymael: 0,0% 
Branco/Nulo: 14,3% 
Indecisos: 8,8%.


Entre os eleitores de Lula, 82,3% consideram o voto como definitivo e 17,7% consideram que pode mudar. 
Entre os eleitores de Jair Bolsonaro, 70,7% consideram o voto como definitivo e 29,3% consideram que pode mudar. 
Entre os eleitores de Marina Silva, 33,9% consideram o voto como definitivo e 66,1% consideram que pode mudar. 
Entre os eleitores de Geraldo Alckmin, 36,7% consideram o voto como definitivo e 63,3% consideram que pode mudar. 
Entre os eleitores de Ciro Gomes, 37,3% consideram o voto como definitivo e 62,7% consideram que pode mudar. 
Entre os eleitores de Alvaro Dias, 64,8% consideram o voto como definitivo e 35,2% consideram que pode mudar. 

Caso o ex-presidente Lula seja impedido de concorrer a presidente da República, dos 37,3% que afirmam votar nele na pergunta estimulada, 17,3% iriam para Fernando Haddad, 11,9% para Marina Silva, 9,6% para Ciro Gomes, 6,2% para Jair Bolsonaro, 3,7% para Geraldo Alckmin, 0,8% para Guilherme Boulos, 0,7% para Alvaro Dias, 0,7% para Henrique Meirelles, 0,5% para Vera; 0,3% para Cabo Daciolo, 0,3% para João Amoêdo, 0,1% para João Goulart Filho, 31,3% para branco/nulo e 16,6% se declaram indecisos 

48,2% dos entrevistados consideram que o candidato a vice-presidente da República é muito importante na escolha do candidato a presidente. 23,8% avaliam que tem importância média. O restante considera que o nome do vice-presidente é pouco importante (11,2%) ou não tem qualquer importância (14,0%) na definição do voto. 


2º TURNO: Intenção de voto ESTIMULADA


CENÁRIO 1: Lula 49,4%, Ciro Gomes 18,5%, Branco/Nulo: 27,2%, Indecisos: 4,9%.
CENÁRIO 2: Lula 49,5%, Geraldo Alckmin 20,4%, Branco/Nulo: 25,2%, Indecisos: 4,9%.
CENÁRIO 3: Lula 50,1%, Jair Bolsonaro 26,4%, Branco/Nulo: 19,1%, Indecisos: 4,4%.
CENÁRIO 4: Lula 49,8%, Marina Silva 18,8%, Branco/Nulo: 26,7%, Indecisos: 4,7%.
CENÁRIO 5: Jair Bolsonaro 29,4%, Ciro Gomes 28,2%, Branco/Nulo: 32,7%, Indecisos: 9,7%.
CENÁRIO 6: Jair Bolsonaro 29,4%, Geraldo Alckmin 26,4%, Branco/Nulo: 35,0%, Indecisos: 9,2%.
CENÁRIO 7: Jair Bolsonaro 29,3%, Marina Silva 29,1%, Branco/Nulo: 33,3%, Indecisos: 8,3%.
CENÁRIO 8: Ciro Gomes 26,1%, Marina Silva 25,2%, Branco/Nulo: 40,0%, Indecisos: 8,7%.
CENÁRIO 9: Marina Silva 26,7%, Geraldo Alckmin 23,9%, Branco/Nulo: 40,8%, Indecisos: 8,6%.
CENÁRIO 10: Ciro Gomes 25,3%, Geraldo Alckmin 22,0%, Branco/Nulo: 42,6%, Indecisos: 10,1%.

Limite de Voto – Presidência da República


ALVARO DIAS: é o único em quem votaria 1,6%; é um candidato em quem poderia votar 11,5%; não votaria nele de jeito nenhum 27,9%; não o conhece/não sabe quem é/ nunca ouviu falar 55,2%.

CIRO GOMES: é o único em quem votaria 2,3%; é um candidato em quem poderia votar 37,6%; não votaria nele de jeito nenhum 44,1%; não o conhece/não sabe quem é/ nunca ouviu falar 11,6%.

GERALDO ALCKMIN: é o único em quem votaria 2,3%; é um candidato em quem poderia votar 33,6%; não votaria nele de jeito nenhum 52,5%; não o conhece/não sabe quem é/ nunca ouviu falar 6,9%.

HENRIQUE MEIRELLES: é o único em quem votaria 0,3%; é um candidato em quem poderia votar 8,5%; não votaria nele de jeito nenhum 46,8%; não o conhece/não sabe quem é/ nunca ouviu falar 40,5%.

JAIR BOLSONARO: é o único em quem votaria 13,7%; é um candidato em quem poderia votar 21,6%; não votaria nele de jeito nenhum 53,7%; não o conhece/não sabe quem é/ nunca ouviu falar 7,4%.

LULA: é o único em quem votaria 31,4%; é um candidato em quem poderia votar 24,2%; não votaria nele de jeito nenhum 41,9%; não o conhece/não sabe quem é/ nunca ouviu falar 0,6%.

MARINA SILVA: é a única em quem votaria 2,8%; é uma candidata em quem poderia votar 38,0%; não votaria nela de jeito nenhum 52,7%; não a conhece/não sabe(m) quem é/ nunca ouviu falar 2,6%.


Avaliação do governo


A avaliação do governo do presidente Michel Temer é positiva para 2,7% dos entrevistados contra 78,3% de avaliação negativa. Para 17,7%, a avaliação é regular, e 1,3% não souberam opinar. A aprovação do desempenho pessoal do presidente atinge 6,9% contra 89,6% de desaprovação; 3,5% não sabem opinar.


?Expectativa (para os próximos 6 meses)


Emprego: vai melhorar: 19,9%; vai piorar: 30,8%; vai ficar igual: 45,6%.
Renda mensal: vai aumentar: 19,4%; vai diminuir: 17,8%; vai ficar igual: 58,6%.
Saúde: vai melhorar: 18,4%; vai piorar: 32,3%; vai ficar igual: 46,1%.
Educação: vai melhorar: 19,4%; vai piorar: 27,7%; vai ficar igual: 49,9%.
Segurança pública: vai melhorar: 17,0%; vai piorar: 37,1%; vai ficar igual: 43,3%.


Interesse e decisão de voto


24,4% dos entrevistados se dizem muito interessados na eleição deste ano para presidente da República. Outros 24,7% tem médio interesse, além de 26,7% com pouco e 23,5% com nenhum interesse nas eleições. 

Programa eleitoral e informação sobre os candidatos:

18,1% pretendem acompanhar o programa eleitoral todos os dias; 40,7%, de vez em quando; 40,4% não vão acompanhar e declaram não ter interesse nos programas eleitorais.  
Os meios nos quais os entrevistados mais buscam informações sobre política são: televisão (63,7%); internet (28,7%); redes sociais (18,8%); amigos/boca a boca (9,4%); rádio (8,1%); jornal impresso (6,8%); outros (0,8%). 10,3% disseram que não se informam.
24,6% dos entrevistados já realizaram buscas ou pesquisas sobre os candidatos a presidente da República na internet. 28,7% ainda não fizeram isso, mas pretendem buscar ou pesquisar informações até o dia das eleições. 45,0% não realizaram buscas ou pesquisas e nem pretendem fazer isso.
Os meios de informação que os entrevistados mais utilizam para formarem sua opinião sobre o Brasil são: televisão (67,2%); internet (30,8%); redes sociais (17,3%); amigos/boca a boca (8,8%); jornal impresso (7,7%); rádio (7,5%); outros (1,0%). 5,8% dos entrevistados disseram que não se informam.
Os meios que poderão ter maior influência na decisão de voto dos entrevistados são: debate eleitoral (34,2%); programa eleitoral em televisão (20,4%); conversas com pessoas conhecidas (8,7%); redes sociais (7,7%); reportagens veiculadas na mídia (5,9%); programa eleitoral em rádio (1,5%). Para 19,5%, nenhum dos meios influencia. 
64,1% não confiam nas informações sobre política e eleições que recebem nas redes sociais, e 43,1% dizem que costumam verificar a veracidade dessas informações. 
51,6% afirmam que não terão o voto influenciado pelas informações sobre política que veem nas redes sociais. 24,1%, por sua vez, acreditam que essas informações poderão influenciar seu voto. 21,1% afirmam não utilizar as redes sociais.  
Dos entrevistados, 9,6% dizem que conhecem bastante sobre as opções de candidatos a presidente da República; 33,5% afirmam que conhecem mais ou menos. Os que afirmam conhecer pouco (40,0%) ou nada (15,6%) somam 55,6%.


Influência de propostas e posicionamentos dos candidatos a presidente da República na decisão de voto dos entrevistados:

Candidato a favor das privatizações: aumenta a chance de votar: 17,3%; não influencia: 31,8%; diminui a chance de votar: 38,8%.
Candidato a favor da redução de privilégios dos servidores públicos: aumenta a chance de votar: 61,1%; não influencia: 20,4%; diminui a chance de votar: 11,4%.
Candidato a favor da redução de impostos: aumenta a chance de votar: 79,4%; não influencia: 13,6%; diminui a chance de votar: 2,9%.
Candidato a favor da liberação do porte de armas: aumenta a chance de votar: 24,3%; não influencia: 20,5%; diminui a chance de votar: 50,1%.
Candidato a favor da descriminalização do aborto: aumenta a chance de votar: 9,9%; não influencia: 21,9%; diminui a chance de votar: 62,8%.


?Expectativa sobre o próximo governo:

Para 60,4% dos entrevistados, o próximo presidente da República deve mudar totalmente a forma atual de governar. Outros 31,3% esperam que ele mude a maioria das ações. Para 3,2%, a maioria das ações deve ser mantida. 1,4% querem que o próximo presidente mantenha totalmente a atual forma de governar. 
As áreas que mais precisam de melhorias no Brasil, na opinião dos entrevistados, são: saúde (75,3%); educação (47,0%); segurança (35,8%); emprego (30,3%); habitação (2,9%); direitos das minorias (2,4%); saneamento (1,4%); transporte (1,2%) e energia (0,5%).

Características dos candidatos:

Nas eleições para presidente da República deste ano, os entrevistados levarão em consideração: honestidade (75,9%); novas propostas para o Brasil (49,1%); trajetória de vida (21,7%); ser novo no meio político (outsider) (9,2%); ser político tradicional (4,8%); partido político (4,5%); ser do meio empresarial (1,1%).


Financiamento de campanhas:

99,1% dos entrevistados não fizeram doação para a campanha de qualquer candidato neste ano.
96,0% não pretendem fazer doações. 
77,1% são contrários ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha, pois consideram que os partidos não têm que depender de dinheiro público. 6,5% são favoráveis à destinação de recursos do orçamento público para os partidos, a fim de que as empresas não financiem campanhas. 12,2% se consideram nem a favor, nem contra.

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