Chris standing up holding his daughter Elva
A tomada de decisões com qualidade é estratégica para que as organizações se adaptem às transformações, inovem e, assim, se preparem para o futuro. O tema esteve entre os assuntos abordados no segundo dia do workshop Inovar, Capacitar, Avançar, promovido pelo SEST SENAT em conjunto com o mediaX, projeto da Universidade de Stanford, dos Estados Unidos, e em parceria com a CNT (Confederação Nacional do Transporte) e o ITL (Instituto de Transporte e Logística).

“Existe a oportunidade de transformar a tomada de decisões, desde as suas raízes pré-científicas de alto nível, a uma prática aprimorada continuamente, que cria decisões de alta qualidade como produto”, disse Neil Jacobstein, copresidente da área de inteligência artificial e robótica da Singularity University, localizada na Califórnia.

Além de definir processos para reduzir as possibilidades de erro, é desafio das empresas utilizar a inteligência artificial a fim de obter informações que balizem as decisões. “O uso da inteligência artificial para a tomada de decisões é útil ao passo que as mudanças avançam mais rapidamente e que se requer decisões cada vez mais complexas”, destacou Jacobstein. 

neil_jacobstein.jpgSegundo ele, robôs podem ser cada vez mais utilizados para identificar e processar dados que permitam uma análise preditiva e, assim, auxiliem a identificar riscos e tendências. “O mais comum é que você obtenha informações quando uma crise já está em andamento”, disse. Ao antecipar possibilidades por meio da análise de dados, é possível formar conhecimentos para fundamentar, por exemplo, novos produtos, projetos ou estratégias de negócios. 

Nesse sentido, podem ser utilizadas ferramentas baseadas em evidências, realidade virtual e aumentada, mídias sociais, fatores humanos, engenharia, modelagem, inteligência artificial e equipes de resolução de problemas, com o objetivo de melhorar sistematicamente a tomada de decisões.

Jacobstein também ressaltou a relevância da atuação de times de profissionais no debate sobre as decisões a serem tomadas. Nesse ponto, afirma, a diversidade na composição dos grupos é fundamental. “As áreas com mais inovação são aquelas com conexão entre diferentes áreas e decorre de trabalho em times.” 



Conheça algumas das principais fontes de erros na tomada de decisões:


- Confiança inadequada em experiência anterior.
Como evitar: Estabelecer processos para expor e discutir o que é diferente.

- Incapacidade de defender a tomada de decisões contra interesses pessoais.
Como evitar: Identificar e supervisionar conflitos de interesse sistematicamente.

- Pré-julgamento de situações e uso de dados seletivamente. 
Como evitar: Contrariar preconceitos com novos dados, debates e monitoramento.

- Apego às perspectivas de uma pessoa específica. 
Como evitar: Adicionar vozes, analisar mais alternativas e resultados do projeto.

- Definição incorreta do problema. 
Como evitar: Formatar perguntas de várias maneiras.

- Consideração limitada de alternativas.
Como evitar: Gerar o máximo possível de hipóteses alternativas. 

- Conjunto fechado e limitado de fontes de informação. 
Como evitar: Abrir e diversificar as fontes de informação.

- Apego a uma hipótese específica julgada como mais provável. 
Como evitar: Desenvolver argumentos contra cada hipótese, em vez de tentar confirmar a hipótese que parece ser mais provável.

- Possibilidade de a situação mudar ou de novas informações alterarem a compreensão do cenário. 
Como evitar: Especificar o que buscar e sugerir mudança significativa nas probabilidades das situações.

- Processo analítico não sistemático.
Como evitar: Excelência no gerenciamento da qualidade de processo.

- Limites cognitivos e erros. 
Como evitar: Ferramentas simples para evitar efeitos de preconceitos.

O que é importante para uma boa dinâmica de decisões:


- Incluir todos os critérios e informações das partes interessadas.
- Representar todo o problema. 
- Realizar avaliação contínua da situação.
- Identificar múltiplas soluções. 
- Considerar todas as tecnologias relevantes com previsões.
- Identificar o menor número de restrições difíceis.
- Monitorar mudanças em hipóteses críticas.
- Identificar subdecisões relacionadas, quando for possível.
- Melhorar continuamente o conjunto de soluções, quando for possível.


CNT - Confederação Nacional do Transporte

SAUS Q.1 - Bloco J - Entradas 10 e 20
Ed. Clésio Andrade - CEP: 70070-944 - Brasília - DF
Fale Conosco: (61) 2196 5700

©2023 - Confederação Nacional do Transporte