?Após três anos sentindo os efeitos da crise econômica, o setor do transporte finalmente reagiu. Entre janeiro e dezembro de 2018, foram criadas mais de 29 mil vagas com carteira assinada — um resultado modesto, mas que confirma o viés de recuperação. Vale lembrar que o número é líquido, ou seja, obtido após o desconto das vagas fechadas no mesmo período. Os dados fazem parte do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia e estão detalhados no boletim Economia em Foco, elaborado pela CNT.
Os segmentos que mais expandiram foram o de transporte rodoviário de cargas (com 35,6 mil vagas) e o de armazenamento e atividades auxiliares dos transportes (com 10,3 mil). Em compensação, aquaviário e aéreo continuaram a retrair, com extinção, respectivamente, de 478 e 284 postos de trabalho. O setor transportador como um todo projeta uma alta de 2% no volume de serviços na comparação com 2017. As contratações ocorreram em todas as regiões do país, com destaque para a Sudeste (11,2 mil vagas) e Sul (9,1 mil).
A CNT (Confederação Nacional do Transporte) avalia que a recuperação econômica do setor e a criação de empregos formais tendem a acelerar em 2019. Esse avanço, porém, depende da realização de reformas estruturantes, sobretudo, a previdenciária e a tributária. Confirmados esses ajustes, a estimativa é que o setor do transporte retorne ao patamar pré-crise até 2021. O otimismo dos empresários é parte do cenário promissor e foi captado em detalhes pela
Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2018, lançada pela CNT em dezembro passado.
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