Chris standing up holding his daughter Elva
?Considerada uma das regiões mais importantes, mas, também, mais saturadas no deslocamento de cargas e de passageiros em todo o país, o Sudeste necessita de investimentos de R$ 696,2 bilhões em infraestrutura de transporte, segundo o Plano CNT de Transporte e Logística?. Divulgado pela Confederação Nacional do Transporte na última segunda-feira (27), o trabalho elenca 831 projetos de integração nacional e urbanos essenciais para que a região tenha um sistema de transporte eficiente e moderno.  

Entre os projetos, merecem destaque o Sistema Hidroviário do Tietê-Paraná (MG e SP), o Trem de Alta Velocidade Rio-São Paulo (RJ e SP), o Trem de Alta Velocidade Belo Horizonte-Curitiba (MG e PR), o Aeroporto de Uberlândia (MG), as intervenções na BR-116 (MG e SP), a construção de terminal hidroviário de cargas em Ibiaí (MG), as obras no Porto de Santos (SP) e a implantação do Hidroanel Metropolitano de São Paulo (SP). 

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O projeto do Trem de Alta Velocidade Rio-São Paulo é antigo e ganhou força quando o Brasil foi escolhido como sede da Copa do Mundo de 2014. O traçado ligando Campinas, em São Paulo, e o Rio de Janeiro foi escolhido como forma de facilitar e incrementar o deslocamento entre os dois estados. O governo chegou a criar a EPL (Empresa de Planejamento e Logística) para acompanhar o desenvolvimento da obra, que nunca saiu do papel. A CNT considera o Trem de Alta Velocidade como essencial e sugere investimentos de mais de R$ 89 bilhões para a construção de 510,8 km de extensão de linha férrea.

A mesma prioridade é observada em relação ao sistema hidroviário do Tietê-Paraná. Entre 2014 e 2016, a hidrovia teve sua operação paralisada por 20 meses devido à falta de chuvas e ao rebaixamento do nível dos reservatórios locais. O episódio causou prejuízos estimados de R$ 1 bilhão às empresas de navegação, além do desemprego de 1.600 pessoas. O problema ainda persiste. Neste ano, a hidrovia corre novamente o risco de ser fechada.

Para evitar outros problemas, a Confederação propõe investimentos de mais de R$ 48 bilhões, que contemplam projetos como os de construção da eclusa de Emborcação, na hidrovia do rio Paranaíba, assim como na construção das eclusas de Itumbiara e de São Simão. Esse valor engloba, ainda, a sinalização e o balizamento em 959 km dos rios Paranaíba e Paraná – de São Simão a Foz do Iguaçu –, a adequação em 773 km na hidrovia do rio Grande, de São José da Barra a Ouroeste, entre outros. 

“A região Sudeste é uma das mais estratégicas do país. Grandes corredores de escoamento de cargas e infraestruturas de transporte de passageiros estão lá localizados. Porém, boa parte dos sistemas está saturada. Por isso, os investimentos na região se fazem ainda mais necessários”, conclui o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista.



PLANO CNT DE TRANSPORTE E LOGÍSTICA


O que é?
É um amplo levantamento dos projetos de infraestrutura necessários para solucionar os problemas atuais e modernizar o setor de transporte brasileiro. 

Quais os objetivos dos projetos?
Ampliar a disponibilidade e melhorar a qualidade da infraestrutura de transporte, aumentar a eficiência logística e criar infraestrutura multimodal de modo a reduzir custos. 

Como se dá o levantamento dos projetos?
Por meio de um vasto levantamento de demandas locais, estaduais e nacionais para o setor de transporte. Também foram incluídas intervenções baseadas nas pesquisas e nos estudos elaborados pela Confederação, propostas das afiliadas da CNT, programas de grande abrangência para o país, além de planos diretores ou de mobilidade de alguns municípios.

Onde acessar?
Todo o material pode ser acessado em planotransporte.cnt.org.br. A ferramenta permite a realização de consultas detalhadas, além de apresentar um mapa interativo.  

Confira aqui todos os projetos previstos para a região Sudeste, divididos por estado 

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