Chris standing up holding his daughter Elva

Em 2014, os portos brasileiros movimentaram 970 milhões de toneladas de produtos, o que representa um crescimento de 4,3% frente a 2013, segundo dados divulgados no Anuário 2014 da Antaq (Agência Nacional de Transporte Aquaviário). Os resultados foram apresentados nesta quarta-feira (25), em Brasília (DF). No ano passado, a movimentação foi de 931 milhões de toneladas.

Os portos organizados lideraram, com 621 milhões de toneladas. Já os TUPs (Terminais de Uso Privado) responderam por 349 milhões/t de produtos transportados.

Entre as cargas, os destaques foram o carvão mineral (+ 26,6%), produtos siderúrgicos (+ 17,5%) e celulose (+ 15,2%). Entre as cargas que registraram queda estão o milho (- 17%), o açúcar (-9 %) e o trigo (- 3,5%). Ressalta-se, também, a navegação de longo curso, que movimentou, ao todo, 714 milhões de toneladas, sendo 552 milhões em produtos exportados e 162 milhões em importações.

Antaq disponibiliza nova ferramenta com dados do setor aquaviário A Antaq evidencia, ainda, o crescimento da carga em contêineres, de 5,4%. Forma 9,3 milhões de toneladas. Essa modalidade de transporte aumentou, principalmente, na cabotagem. A alta foi de 11%.

No último ano, os portos que mais movimentaram produtos foram os de Santos (SP), Itaguaí (RJ), Paranaguá (PR), Rio Grande (RS) e Itaqui (MA), que respondem, juntos, por 68% de todo trânsito de cargas em portos públicos.

Novos investimentos em portos organizados

Conforme o diretor-geral da Antaq, Mario Povia, o crescimento da movimentação de cargas ficou acima da média mundial. Ele diz que “a operação dos portos respondeu bem ao incremento na demanda”. Apesar disso, afirma que é necessário disponibilizar novos berços de atracação, especialmente nos portos organizados.

A Antaq aguarda que o TCU (Tribunal de Contas da União) aprove estudos sobre 29 arrendamentos de portos do Paraná e de Santos para realizar a licitação das áreas e viabilizar investimentos que devem somar R$ 17 bilhões.

Crise hídrica: paralisação na hidrovia Tietê-Paraná

A estiagem na região Sudeste do Brasil prejudica a navegação na hidrovia Tietê-Paraná há dez meses. Se as chuvas não melhorarem as condições, em abril completará um ano de suspensão do transporte aquaviário no trecho.

A hidrovia é importante, principalmente, para o escoamento da produção agrícola nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia, Tocantins e Minas Gerais.

O prejuízo pela interrupção nas atividades está estimado em sete milhões de toneladas de produtos que deixaram de ser movimentados em embarcações.
Para a Antaq, o problema é que esta situação impacta em outros modais: o uso de trens passa a ser preterido, já que as linhas férreas levam, essencialmente, aos terminais portuários; e, com a ausência de navios para o transporte, a alternativa é utilizar os caminhões, sobrecarregando o fluxo nas rodovias brasileiras.

De acordo com a Agência, além de contar com a melhoria no regime de chuvas, também são necessárias obras que permitem o aumento da capacidade da hidrovia. Ao todo, R$ 1,5 bilhão estão autorizados (R$ 900 mi da União e R$ 600 mi do estado de São Paulo) para investimentos no trecho.

Para se ter uma ideia, em razão da paralisação, o transporte de soja pela hidrovia caiu 53% e, o de milho, 73% pela Tietê-Paraná, em 2014.

 

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