Em um cenário em que veículos, infraestruturas e redes logísticas estão cada vez mais conectados, a cibersegurança vai muito além da proteção de dados – ela se tornou essencial para garantir a integridade das operações e a segurança das pessoas. No setor de transporte, essa questão é ainda mais crucial. Como destaca o especialista em cibersegurança Marcelo Pinheiro, "um setor só é forte quando suas empresas estão protegidas".

Pinheiro foi um dos palestrantes dessa terça-feira (18), durante o Executive Program, realizado pelo SEST SENAT em parceria com a Singularity University. Em sua exposição, intitulada "O inevitável: a cibersegurança e a transformação digital no setor de transporte", ele destacou que os ataques cibernéticos são uma certeza e que as empresas precisam adotar o mesmo nível de sofisticação dos criminosos para se defenderem.

Segundo o especialista, uma das soluções mais eficazes é o uso de agentes autônomos de IA (inteligência artificial). Esses softwares interagem com ferramentas, processos e ambientes digitais para detectar ameaças e tomar decisões preventivas, em tempo real.

"Um agente autônomo pode identificar e bloquear emails suspeitos, reportando-os a ferramentas de segurança para fortalecer a base de dados contra ataques futuros", explicou Pinheiro.

Outra recomendação é configurar sistemas de segurança para bloquear acessos vindos de países com histórico elevado de ataques cibernéticos, como Rússia, China, Irã e Coreia do Norte. "Se sua empresa não tem negócios nessas regiões, o ideal é programar seu sistema para impedir conexões dessas origens", aconselhou.

Importância da prevenção

Para Pinheiro, a cibersegurança deve ser prioridade, independentemente do porte da empresa. "Toda organização sabe o impacto financeiro e operacional de ficar um dia inteiro parada", afirmou. 

Ele destacou que o primeiro passo para a prevenção é treinar equipes e empregados, reduzindo a vulnerabilidade causada por ações como a abertura de emails maliciosos.

"Empresas bem preparadas investem na conscientização de seus colaboradores, enviando alertas e orientações constantes sobre boas práticas de segurança digital", exemplificou.

Tendências e ameaças

Ao finalizar sua palestra, Marcelo Pinheiro elencou algumas das principais ameaças e tendências em cibersegurança que devem ganhar força nos próximos anos:

  • uso da IA por hackers para ataques cada vez mais sofisticados;
  • produção massiva de conteúdos falsos impulsionada por IA, desafiando a segurança da informação;
  • identidades digitais comprometidas devido à coleta excessiva de dados pessoais;
  • expansão da Web3 e do uso de criptomoedas, criando desafios para a segurança de transações digitais.

Diante desse cenário, o especialista reforçou que a prevenção e a atualização constantes são fundamentais para mitigar riscos e fortalecer a segurança no setor de transporte.

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