Chris standing up holding his daughter Elva

O desempenho da indústria ferroviária, em 2014, superou as expectativas do próprio setor. Balanço divulgado pela Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), neste mês, aponta que o faturamento total cresceu 24% no ano passado, na comparação com 2013, alcançando um total de R$ 5,6 bilhões.

O resultado foi possível devido ao crescimento na produção. Foram entregues 4,7 mil vagões de carga, o dobro do registrado no ano anterior; 374 carros de passageiros, o que representou um incremento de 70% em relação a 2013, quando foram entregues 219 unidades; e 80 locomotivas, resultado que se manteve estável em 2014 na comparação com os 12 meses anteriores.

Conforme o presidente da entidade, Vicente Abate, havia uma demanda reprimida. Além disso, ele diz que, apesar das dificuldades da economia brasileira, as concessionárias de ferrovias mantêm os planos de investimento.

Outro fator que impulsiona a produção é a inovação tecnológica. “Temos feito produtos cada vez mais competitivos, modernos e eficientes. Isso é um círculo virtuoso, porque torna as locomotivas e vagões mais potentes e econômicos, gera aumento de produtividade para as concessionárias e permite até redução de custo. Esse também é um fator que eleva a demanda pelo produto nacional”, diz Vicente Abate. 

Otimismo para 2015

Apesar dos sinais de estagnação da economia brasileira até o final do ano, a indústria ferroviária mantém otimismo para 2015. A Abifer projeta que serão entregues quatro mil vagões de carga, sendo 75 para exportação. Embora o número seja menor que o de 2014, o presidente da Abifer explica que está acima da média da última década, quando foram produzidas cerca de três mil unidades anuais. As estimativas ainda indicam a entrega de 420 carros de passageiros (90 para exportação) e de 90 locomotivas (10 para exportação).

Segundo a entidade, entre os fatores que sustentam essa expectativa está a ampliação da malha ferroviária de cargas e a continuidade dos investimentos no setor de passageiros, não apenas pelo setor público, como também pela iniciativa privada.

Além disso, o setor trabalha, junto ao governo federal, para implementar o Programa de Renovação da Frota de Vagões e Locomotivas, que tem como objetivo recuperar a frota com mais de 40 anos de idade que ainda roda nas ferrovias brasileiras. Se implementado, o Programa deve garantir a produção de 18 mil vagões e 600 locomotivas no período de dez anos, gerando mais dois mil postos de trabalho.

Atualmente, segundo a Abifer, o setor emprega 20 mil trabalhadores. Indiretamente, a indústria ferroviária é responsável pela manutenção de 60 mil vagas de emprego.

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