Promover uma mobilidade urbana mais sustentável, inclusiva e disruptiva é o objetivo do Parque de Mobilidade Urbana de 2024, que conta com a participação do Sistema Transporte como apoiador e painelista. Realizado em São Paulo nessa quinta (13) e nessa sexta-feira (14), o maior evento da América Latina sobre o tema busca proporcionar debates aprofundados com atores comprometidos com o desenvolvimento da mobilidade no Brasil.
Esse é o caso da CNT (Confederação Nacional do Transporte), que participou de dois painéis. No primeiro, a assessora governamental da Entidade, Maria Carolina Noronha, debateu sobre o novo PAC em Mobilidade Urbana, lançado em 2023. Seus investimentos priorizam o transporte público de alta e média capacidades, como BRTs, VLTs, trens urbanos, metrôs e outras infraestruturas, como terminais e ciclofaixas. “Contudo, apesar dos avanços, o Brasil ainda precisa aperfeiçoar dois pontos principais para que os projetos de infraestrutura tenham continuidade: aprimorar a governança - como o próprio TCU (Tribunal de Contas da União) aponta - e garantir uma maior participação do setor privado”, disse.
Outras questões abordadas por Maria Carolina Noronha se referem à transição ecológica e a ações de sustentabilidade ligadas à atualização e à eletrificação dos veículos. “Embora esses temas sejam o DNA do novo PAC, ainda são inúmeras as políticas públicas de incentivo ao aumento da frota de automóveis, que, segundo um estudo da CNT, está em primeiro lugar na categoria de veículos que mais emitem poluentes no Brasil”, disse. Ela se referiu ao Boletim Ambiental do Despoluir, de 2024.
Maior programa ambiental do transporte, o Despoluir, aliás, permeará o debate a ser promovido na tarde desta sexta-feira (14), no painel "Descarbonização no Setor de Transporte", mediado pela gerente executiva de Economia, da CNT, Fernanda Schwantes. Aos participantes ela apresentará as linhas de ação da iniciativa conjunta da CNT e do SEST SENAT, que visa sensibilizar os transportadores sobre a importância de ações de responsabilidade socioambiental em prol de um transporte mais limpo, eficiente e sustentável. No evento, um veículo do Despoluir foi posicionado para ilustrar serviços prestados às transportadores.
“O setor transportador tem um compromisso importante com a redução das emissões de gases de efeito estufa. Por isso, o Sistema Transporte defende a pluralidade de fontes energéticas, com a oferta de diferentes alternativas, como hidrogênio, biometano e eletromobilidade, a depender do tipo de operação”, explica Fernanda Schwantes. Para finalizar, ela reforça que a Entidade acredita que, quanto maior for o número de fontes, mais competitivo será o mercado pelos ganhos de escala e pela aceleração da transição energética.
O Sistema Transporte protagonizou outro momento importante na solenidade do Prêmio Parque da Mobilidade Urbana, que homenageia iniciativas públicas e privadas e pessoas que promovem a mobilidade urbana sustentável, segura e inclusiva.
Representando a CNT, assessora Maria Carolina Noronha entregou a honraria ao empresário Fernando César, da Uniq, por unificar plataformas de gestão para a mobilidade urbana, facilitando, assim, a administração de contratos de transporte. A inciativa vencedora foi o projeto Hubs ITS: CCo 360º.
O SEST SENAT também será homenageado no evento. A Entidade receberá do ONSV (Observatório Nacional de Segurança Viária) o Laço Amarelo, condecoração concedida a entidades que atuam para enaltecer a importância de um comportamento seguro no trânsito.
Para ilustrar os esforços envidados nesse sentido, o SEST SENAT apresentou, no Parque da Mobilidade Urbana, uma das vans do Programa de Prevenção de Acidentes, que, com equipes especializadas, rodam o Brasil para conscientizar e alertar os profissionais do setor de transporte sobre os cuidados necessários no trânsito.