Chris standing up holding his daughter Elva

Na noite desta quarta-feira (3), a CNT (Confederação Nacional do Transporte) reuniu, em Brasília (DF), centenas de comunicadores e personalidades de todo o país no maior evento em reconhecimento às melhores reportagens sobre transporte no Brasil.

Em sua 21ª edição, o Prêmio CNT de Jornalismo concedeu R$ 270 mil em prêmios – o triplo do valor do ano passado – divididos em sete categorias (Grande Prêmio, Televisão, Impresso, Rádio, Internet, Fotografia e Meio Ambiente).

O Prêmio CNT de Jornalismo foi criado em 1994 como um estímulo à produção de reportagens sobre a realidade do transporte brasileiro. Mais de duas mil reportagens concorreram este ano e foram selecionadas por uma comissão de profissionais reconhecidos entre a imprensa. 

O vencedor do Grande Prêmio deste ano foi o jornalista da Folha de São Paulo Alan Gripp, com o caderno especial “Entupiu, mas pode melhorar”. O material tratou sobre transporte público, com soluções propostas no Brasil e no mundo para a melhoria da mobilidade e qualidade de vida das pessoas.

O caderno foi preparado após um seminário de mobilidade urbana da Folha e contribuiu para o debate pela melhoria do transporte público nas cidades. “Foi ótimo porque é um trabalho que promoveu uma reflexão muito boa. O prêmio, nos últimos anos, ganhou uma importância enorme”, afirmou Gripp.

Também participaram do trabalho os jornalistas Mario Cesar Carvalho, Gustavo Patu, Fabiano Maisonnave, Leandro Colon, Marcos Augusto Gonçalves, Daniela Mercier, Dimmi Amora, André Monteiro, Eduardo Geraque, Lucas Vetorazzo, Lucas Reis, Felipe Bachtold, Estelita Hass Carazzai, Daniel Tremel, Alencar Izidoro, Claudia Collucci, Gustavo Miranda, Laís Barros Martins e Larissa Veloso.

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O Grande Prêmio levou R$ 60 mil pelo reconhecimento. Nas demais categorias, os profissionais receberam R$ 35 mil. Todos também ganharam troféus e diplomas.

Internet

A série de reportagens “Um mineroduto que passou em minha vida”, de O Tempo Online, reunidas em um hotsite, venceu na categoria Internet.

O trabalho mostrou o transporte de minério da mina em Conceição do Mato Dentro (MG) a São João da Barra (RJ) e todos os prejuízos causados por ele a povoados por onde passa ao longo de 32 municípios.

As histórias abordadas nas reportagens foram coletadas ao longo de duas semanas de viagens, num percurso que somou, aproximadamente, 3,4 mil km. A produção foi desenvolvida pelas jornalistas Queila Ariadne, Ana Paula Pedrosa e Mariela Guimarães.

Segundo uma das profissionais, Queila Ariadne, é muito bom ser reconhecido. “Ir a campo é muito diferente do que fazer por telefone. Quando recebi a notícia, fiquei lembrando das pessoas que entrevistei e dos problemas por que passam. Até uma das pessoas que foi afetada leu no jornal e mandou mensagem parabenizando pela coragem”, contou.

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Televisão

"Anda São Paulo", uma série produzida e veiculada pela Rede Globo, foi a vencedora na categoria Televisão.

Essa é a segunda edição do projeto que, em 2013, veiculou 221 reportagens sobre mobilidade urbana em São Paulo. A reportagem voltou às ruas para ver o que mudou e se as medidas implantadas após os protestos melhoraram os deslocamentos.

Para Luísa Brito, fazer parte de um projeto como esse é desenvolver o papel social do jornalismo e contribuir para a resolução de problemas que afetam diretamente a população. “Por meio do nosso trabalho, despertamos ações nos governos, nas empresas e no indivíduo. E ser reconhecida pelo Prêmio só nos mostra que foi um bom trabalho, que conseguimos trazer um novo olhar com uma abordagem diferenciada”, comemorou.

Além de Luísa, fizeram parte da equipe: Ana Beatriz Finelli, Filippo Mancuso, Tiago Palotoli, Marcos Politi, Fábio Kaneko e Ricardo Meneghello.

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Rádio

Michelle Trombelli, da BandNews FM, ganhou na categoria Rádio com a série de reportagens “Trepida São Paulo”.

Durante dois meses, a Bandnews fez um amplo levantamento, com a ajuda dos ouvintes, sobre as ruas mais irregulares de São Paulo. A repórter, então, foi a campo e testou ruas e avenidas, além de mostrar os prejuízos financeiros e para a saúde das pessoas.

Segundo Michelle, o Prêmio é um reconhecimento que existe há muito tempo, e ela sempre admirou os jornalistas vencedores. “Sempre teve um gostinho especial. Essa é a terceira vez que sou finalista e, finalmente, ganhei com uma matéria que me deu muito orgulho e que foi resultado de um processo que foi gostoso. Uma bandeira forte da rádio, que envolveu ouvintes e que eu pude vivenciar de perto”, revelou.

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Fotografia

Domingos Peixoto, de O Globo, venceu, pela terceira vez, na categoria Fotografia. A imagem foi registrada durante protesto contra os aumentos de passagem de ônibus no Rio de Janeiro, quando o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, morreu ao ser atingido por um rojão.

Ele relatou que o Prêmio CNT acompanha toda a sua carreira e que, inclusive, foi o primeiro que ganhou em sua carreira. “O Prêmio me acompanha desde os meus cabelos longos até o dia de hoje. Hoje eu sou um senhor garotão de 50 anos. O Prêmio faz muito parte da minha vida. Eu sou um cara muito festeiro. Mas é um Prêmio que eu vou comemorar de outra forma, vou parar para pensar e pensar toda a importância da fotografia”, revelou.

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Impresso

Flávio Ferreira e Mario Cesar Carvalho, da Folha de São Paulo, ganharam na categoria Impresso. Foram duas matérias divulgadas nos dias 19 e 24 deste ano. Uma mostrou que a multinacional francesa Alstom conseguiu incluir uma estação de trem no projeto da linha 2. A segunda matéria, que a empresa tinha colocado em ação um esquema político para obter vantagens no processo licitatório.

Para Ferreira, é sempre bom ver o trabalho reconhecido. “A gente está sempre empenhado em procurar assuntos novos e, muitas vezes, somos até atropelados pelos acontecimentos. Quando a gente recebe um prêmio, acho interessante parar para pensar. É um momento para refletir sobre o próprio trabalho. São coisas que a gente conseguiu acertar e que pode servir de experiência para outros trabalhos”, contou.

Ferreira foi também um dos vencedores do Grande Prêmio do ano passado.

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Meio Ambiente e Transporte

O repórter Gustavo Costa e a equipe composta pelos profissionais Jésus Mosquéra, Cátia Mazin, Márcio Strumiello, Bernardo Paglia e Lucas Mello, da Rede Record, venceram na categoria especial Meio Ambiente e Transporte com a matéria “Fúria das Águas”.

A reportagem mostra as dificuldades enfrentadas na Amazônia em consequência das chuvas que inundaram a região. O transporte de mantimentos, medicamentos e todos os tipos de produtos foi afetado por um problema ambiental.

Para Costa, ser reconhecido por um dos prêmios mais importantes do país na categoria Meio Ambiente foi muito gratificante. “Fazia seis meses que estávamos com o programa no ar e ser agraciado por um prêmio dessa relevância foi realmente muito importante. Uma homenagem aos povos tradicionais. Além disso, acendemos o alerta: se continuarmos a desrespeitar o meio ambiente esses povos vão desaparecer”.

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