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A CNT (Confederação Nacional do Transporte) marcou presença como patrocinadora do 52º Encontro Nacional de Economia da Anpec (Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia), que ocorre entre 10 e 13 de dezembro, em Natal (RN). A CNT promoveu um painel especial na tarde dessa quarta-feira (11), com o objetivo de fomentar a discussão sobre os desafios da infraestrutura de transporte e mobilidade no Brasil e sobre como o investimento privado pode complementar o público. O evento é o maior do país na área de economia e reúne pesquisadores, economistas e especialistas para apresentar estudos inéditos e fomentar debates sobre temas de relevâncias nacional e internacional.

O painel coordenado pela CNT abordou os desafios da infraestrutura de transporte e mobilidade no Brasil, que contou com a moderação da gerente executiva de Economia da Confederação, Fernanda Schwantes, e a presença de renomados especialistas nacionais e internacionais, como: o assessor do AIIB (Banco Asiático de Investimentos em Infraestrutura) para o Brasil e a América Latina, Boris Utria; o coordenador de estudos e pesquisas do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Banco do Nordeste, Fernando Viana; o superintendente do Banco do Nordeste no Rio Grande do Norte, Sartre Praxedes; e o economista da CNT, Carlos Espinel.

O vice-presidente da CNT, Eudo Laranjeiras, prestigiou o evento e ponderou que os problemas nas infraestruturas trazem impactos sociais e ambientais significativos, como o elevado número de acidentes em rodovias e o consumo desnecessário de óleo diesel. Ele também apontou aos bancos que são necessárias novas linhas de crédito, cujos financiamentos contribuam para a descarbonização do setor.

Segundo a gerente executiva de Economia da Confederação, Fernanda Schwantes, a CNT monitora constantemente a execução orçamentária do governo federal, especialmente no que diz respeito às obras de infraestrutura. “Observamos que, há décadas, o investimento público é insuficiente para ampliar a oferta e a qualidade das infraestruturas de transporte no país. Por isso, convidamos para esse Encontro especialistas com o intuito de discutirmos o papel da iniciativa privada e como instituições financeiras podem complementar esses investimentos”, explicou.

Fernanda Schwantes destacou, ainda, que o debate com a maior rede de economistas do país robustece as análises elaboradas pela CNT. Além disso, a CNT pôde apresentar os principais estudos técnicos que tem desenvolvido na área, nos últimos anos, elaborados para subsidiar a tomada de decisão dos transportadores e as políticas públicas direcionadas ao setor.

Durante o painel, os participantes abordaram questões críticas, como a identificação dos problemas de infraestrutura, o impacto da baixa qualidade sobre o setor de transporte e as oportunidades de financiamento para obras prioritárias. O economista da CNT, Carlos Espinel, trouxe números expressivos do setor para enriquecer o debate. “O setor de transporte representa mais de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) do país e emprega 5% da força de trabalho formal. Ainda assim, os investimentos em infraestrutura de transporte correspondem a apenas 0,14% do PIB, muito abaixo do nível ideal. Na década de 1970, esse percentual chegou próximo a 2%”, ponderou.

O evento é promovido pela Anpec, instituição que, há mais de 50 anos, estimula a troca de conhecimento entre economistas e profissionais de áreas afins.

Além de trazer discussões técnicas e científicas, o Encontro Nacional de Economia valoriza debates voltados à realidade brasileira, como a transição energética no Nordeste e as possibilidades de financiamento de infraestrutura resiliente a tragédias climáticas – temas que dialogam diretamente com os desafios enfrentados pelo setor de transporte.

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