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Em 2014, foram registrados 168,5 mil acidentes em rodovias federais, que deixaram 100,3 mil feridos e 8,2 mil mortos. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (9) pela PRF (Polícia Rodoviária Federal). Segundo a corporação, o índice de ocorrências caiu na comparação com 2013: foram 15,3% menos acidentes. A taxa de feridos baixou 9,2% e a de mortalidade reduziu 8,4% em relação ao ano anterior. A PRF analisa os resultados associados à frota de veículos do país, que, no ano passado, atingiu a marca de 86,7 milhões de veículos, com alta de 6,2% na comparação com 2013.

Conforme o levantamento, a maioria dos acidentes é ligada ao comportamento humano. Falta de atenção, velocidade incompatível e ultrapassagens indevidas lideram as causas de acidentes fatais. Esses fatores corresponderam, respectivamente, a 32%, 20% e 12% dos casos.

O assessor de comunicação nacional da PRF, inspetor Diego Brandão, chama a atenção que, embora as colisões frontais representem 4% do total das ocorrências, elas lideram os casos em que há vítimas fatais, respondendo por 35% dos óbitos nas rodovias. Além disso, o balanço da PRF aponta que 73% das colisões e das mortes ocorreram em retas.

Nove em cada dez acidentes são causados por falhas humanas Em entrevista coletiva realizada em Brasília, nesta segunda-feira (9), o chefe da Divisão de Planejamento Operacional da PRF, inspetor Stênio Pires, destacou que a maioria das rodovias federais é de pista simples, o que agrava o risco. “Mais de 95% das nossas rodovias federais são de pista simples. O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) têm trabalhado para, nesses trechos mais críticos, duplicar rodovias ou, pelo menos, criar a terceira faixa. E, desse modo, minimizar as mortes”, destacou.

O problema foi destacado pela Pesquisa CNT de Rodovias 2014. Conforme o estudo da Confederação Nacional do Transporte, aproximadamente 90% das rodovias (considerando federais, estaduais e concedidas) são de pista simples no país. O relatório do estudo lembra que “embora a presença de pista dupla não seja um pressuposto essencial ao adequado nível de serviço, vias duplicadas propiciam o aumento na capacidade de tráfego e um grau mais elevado de segurança”. Clique aqui para saber mais sobre o levantamento da CNT.

O balanço da PRF destaca, ainda, que sábados e domingos são os dias em que mais pessoas perdem a vida em acidentes de trânsito nas BRs. Aproximadamente 40% das mortes ocorreram aos finais de semana. 

Entre as infrações mais cometidas, estão excesso de velocidade, ultrapassagens indevidas pela contramão e falta de cinto de segurança.

A Polícia Rodoviária Federal chama a atenção, também, para as ocorrências envolvendo motocicletas. Conforme o balanço, o índice de mortes nessas situações é cinco vezes maior do que quando há apenas automóveis envolvidos: foram 11 óbitos para cada mil carros e 55 mortes para para cada mil motos.


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