Antes da pandemia do novo Coronavírus, a economia brasileira já dava sinais de dificuldades de recuperar os prejuízos da recessão de 2014-2016. Com a crise da Covid-19, esse cenário se agravou e, agora, é esperada uma retração econômica, em 2020, no Brasil e no mundo, de magnitude e duração ainda incertas. Nesse sentido, a nova edição do boletim Conjuntura do Transporte, da CNT (Confederação Nacional do Transporte), publicada nesta segunda-feira (18), avalia as fragilidades que já existiam na economia brasileira antes da pandemia e como elas tendem a se agravar com a nova crise.
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A publicação destaca que as complicações no mercado de trabalho tornaram o consumo das famílias brasileiras dependente das liberações de saques do FGTS e do PIS/Pasep e da contração de empréstimos. Além disso, de acordo com a análise da CNT, a capacidade ociosa da estrutura produtiva e a queda significativa do investimento público nos últimos anos tornaram os investimentos mais concentrados em manutenção e renovação de máquinas e equipamentos, além de dependentes da viabilização econômico-financeira dos projetos de infraestrutura no PPI (Programa de Parcerias de Investimentos).
O documento chama atenção para a necessidade, neste momento, de programas de manutenção da renda das famílias e de iniciativas de provisão de liquidez para as empresas. No caso das transportadoras, a Pesquisa de Impacto no Transporte - Covid-19, da CNT, revelou a necessidade de disponibilização de linhas de crédito com carência estendida e taxas de juros reduzidas (incluindo capital de giro), de forma ampla e sem restrição ao porte da empresa.