A CNT (Confederação Nacional do Transporte) deu um passo importante para ampliar a análise da malha rodoviária sul-americana ao avançar nas tratativas com a Embaixada do Peru para a inclusão de um trecho da Estrada do Pacífico na Pesquisa CNT de Rodovias. A via é estratégica por conectar o Brasil ao Oceano Pacífico, facilitando o escoamento de cargas com destino ao mercado asiático.
O tema foi debatido em reunião realizada nessa terça-feira (15), entre representantes da CNT e da Embaixada do Peru no Brasil. O encontro teve como foco o alinhamento técnico necessário para a eventual inclusão da rodovia peruana na Pesquisa, considerando as diferenças legais e de sinalização de trânsito entre os dois países.
Durante a reunião, ficou acordado que a CNT formalizará um pedido ao Ministério dos Transportes do Peru para a obtenção de informações detalhadas sobre a legislação de trânsito local. Com esses dados em mãos, a Confederação avaliará quais parâmetros da metodologia brasileira podem ser aplicados ao trecho peruano e quais ajustes serão necessários.
“Nossa expectativa é recebermos todas as informações regulatórias para analisarmos o que da metodologia brasileira poderá ser mantido e o que precisará ser adaptado à realidade peruana”, explica a diretora executiva interina da CNT, Fernanda Rezende.
A iniciativa reforça o compromisso da CNT com a integração logística da América do Sul e a compreensão mais ampla dos corredores internacionais de transporte.
“Ao considerarmos a inclusão da Estrada do Pacífico na nossa Pesquisa, estamos olhando para além das fronteiras, buscando contribuir para a melhoria da infraestrutura e da competitividade do transporte nos dois países”, destaca Fernanda.
Participaram da reunião a conselheira Maria Sol Delgado Ayca e o primeiro-secretário da Embaixada do Peru, Sebastián García Marengo. Pela CNT, também esteve presente o assistente técnico Jader Vaz.
A Pesquisa CNT de Rodovias classifica as rodovias brasileiras, considerando as situações viárias por tipo de gestão, se são públicas ou concedidas, por estado e por regiões geográficas, bem como por corredores rodoviários e por tipos de rodovias – federais ou estaduais.
O levantamento pode ser utilizado para subsidiar estudos e políticas setoriais de transporte, além de projetos privados e programas governamentais. Também pode ser usado como base para atividades de ensino e pesquisa que contribuam com ações voltadas ao desenvolvimento do setor transportador brasileiro.