Representantes da CNT (Confederação Nacional do Transporte) se reuniram, nesta terça-feira (6), com integrantes do Ministério dos Transportes para discutir o andamento de dois projetos estratégicos para a logística nacional: a Ferrogrão e a BR-319. O encontro foi realizado na sede do Sistema Transporte, em Brasília (DF).
A Ferrogrão é uma ferrovia planejada para conectar a região produtora de grãos do Centro-Oeste ao Porto de Miritituba, no Pará, enquanto a BR-319 é a rodovia que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO), atualmente em processo de reconstrução e pavimentação.
Participaram da reunião, pela CNT, o diretor de Relações Institucionais, Valter Souza; a gerente executiva Governamental, Danielle Bernardes; e a assessora governamental Maria Carolina Noronha. Pelo Ministério dos Transportes, estiveram presentes o subsecretário de Sustentabilidade, Cloves Benevides; a chefe substituta de Assessoria de Participação Social e Diversidade, Fani Mamede; e o coordenador-geral de Projetos Especiais e Mudança do Clima, George Yun.
Durante o encontro, a CNT destacou a importância de projetos de Estado que priorizem a multimodalidade e promovam uma logística mais eficiente, integrada e sustentável.
“No caso da Ferrogrão, entendemos que é fundamental discutir uma solução logística que atenda às necessidades da região, especialmente diante do crescimento previsto da produção agrícola. O escoamento da safra precisa ser garantido de forma estruturada, considerando impactos econômicos, sociais e ambientais”, afirmou Valter Souza.
A gerente Danielle Bernardes reforçou a relevância do diálogo entre os diferentes atores da logística: “A integração entre os modais e o planejamento de longo prazo são fundamentais para superar gargalos logísticos e impulsionar a competitividade do país. Discutir essas questões de forma colaborativa é essencial para avançarmos em soluções concretas.”
Com 933 quilômetros de extensão, a Ferrogrão pretende ligar o município de Sinop (MT) ao porto de Miritituba. O projeto visa reduzir a dependência da malha rodoviária e dos portos do Sudeste, com ganhos em eficiência, menor impacto ambiental e redução de custos logísticos, especialmente diante do crescimento da safra de grãos.
Já a BR-319 é considerada uma via estratégica para integrar o estado do Amazonas ao restante do país por meio terrestre. As obras de recuperação da rodovia têm potencial para melhorar o escoamento de mercadorias, reduzir o isolamento da região e ampliar o acesso a serviços e oportunidades econômicas.