Chris standing up holding his daughter Elva

A CNT (Confederação Nacional do Transporte) participou do Seminário Técnico sobre viabilidade dos Aspectos Socioambientais da Ferrogrão, que teve início nesta terça-feira (7), em Santarém, no Pará. O objetivo é reunir representantes da sociedade civil, comunidades indígenas, acadêmicos e organizações não governamentais para discutir os impactos socioambientais do Corredor Logístico Norte e detalhes sobre o projeto da ferrovia.

A CNT foi representada pela sua gerente executiva do Poder Executivo, Danielle Bernardes, e pelo empresário Irani Bertolini, presidente da Transportes Bertolini e do Conselho Regional Norte II do SEST SENAT. Bertolini teve direito à fala e aproveitou para defender a relevância do Arco Norte para o Brasil.

O empresário salientou a busca por um caminho consensual que atenda a todos, incluindo as populações indígenas e o consumidor. Irani alertou que a rodovia BR-163 poderá contar com um tráfego de até 6 mil caminhões por dia, inviabilizando as operações de transporte na região, caso não seja criada uma alternativa.

“No primeiro mandato do presidente Lula, estive com ele, juntamente com representantes da CNT, e enfatizei que o melhor investimento naquela época era o asfaltamento da BR-163. Hoje, se eu tivesse novamente a oportunidade, falaria sobre a importância da Ferrogrão”, concluiu.

O debate foi convocado pelo Grupo de Trabalho da Subsecretaria de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes, responsável pela estruturação e recebimento de sugestões para o projeto EF-170, chamado Ferrogrão. A ferrovia ligaria os municípios de Sinop, no Mato Grosso, ao porto de Mirituba, em Itaituba, no Pará.

O evento segue na parte da tarde de hoje e continuará amanhã (8), a partir das 8 horas, para ouvir todos os possíveis afetados pela construção da ferrovia.

O que é a Ferrogrão?

O nome Ferrogrão deriva das palavras "ferrovia" e "grão", já que a via férrea é considerada estratégica para transportar a produção de milho e de soja, principalmente do Centro-Oeste para o Norte do Brasil. Essa ligação permitiria o escoamento da produção por hidrovias para Amazonas, Amapá e para vários municípios do Pará, incluindo Santarém, Barcarena e Belém.

A ferrovia seria uma alternativa à rodovia BR-163, conhecida como rota da soja, do milho e do algodão. Com mais uma opção de transporte, estima-se que o corredor logístico fosse mais eficiente, reduzindo o tempo no transporte e o preço do frete em até 40%.

Acesse aqui a nota de repúdio da CNT às agressões registradas durante o evento

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