A CNT (Confederação Nacional do Transporte) marcou presença nesta terça-feira (12) no Seminário de Promoção da Negociação Coletiva Trabalhista, realizado em São Paulo. O evento, organizado pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) e pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, em parceria com a OIT (Organização Internacional do Trabalho) e a Fundacentro, reuniu especialistas e representantes de entidades para discutir avanços nas relações trabalhistas.
Representando a CNT, o gerente executivo de Relações Trabalhistas e Sindicais, Frederico Melo, que também é membro da CTPP (Comissão Tripartite Paritária Permanente), destacou a relevância do encontro para o fortalecimento das normas de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) e ressaltou a negociação coletiva como um instrumento de proteção e desenvolvimento no ambiente laboral.
Durante o painel "Diálogo Social em Segurança e Saúde no Trabalho para a Negociação Coletiva", Melo sublinhou que as Normas Regulamentadoras (NRs) de SST representam um alicerce para a construção de condições de trabalho cada vez mais seguras e saudáveis. "Essas normas não devem ser vistas apenas como uma obrigação legal, mas como ferramentas fundamentais para o fortalecimento do diálogo social", enfatizou, defendendo a importância de adequações específicas para atender às particularidades de cada setor.
O gerente também ressaltou que o Brasil possui uma das legislações mais robustas em SST, permitindo rápidas adaptações às demandas do mercado e aos avanços tecnológicos, essenciais para a segurança dos trabalhadores. Melo elogiou ainda o modelo tripartite da CTPP, um espaço consultivo onde governo, trabalhadores e empregadores revisam e atualizam as NRs para que reflitam as necessidades de cada segmento.
Além da participação da CNT, os painéis do seminário abordaram temas essenciais para a modernização das relações trabalhistas, como a valorização do setor de cuidados, os impactos da inteligência artificial, políticas de igualdade e inclusão, alternativas sustentáveis para setores afetados por mudanças ambientais e práticas de negociação no setor público. A programação reforçou a importância da negociação coletiva para adaptar o trabalho às novas demandas e desafios globais.