A Assessoria Especial de Promoção da Igualdade no Trabalho do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) convidou a CNT (Confederação Nacional do Transporte) e outras confederações para discutirem a elaboração de um programa para a inclusão de pessoas com deficiência. Em reunião realizada nessa quinta-feira (29), os participantes de diferentes setores econômicos foram apresentados aos desafios e entraves do mercado de trabalho para PCDs.
O chamado Programa Nacional de Promoção à Inclusão e Integração de Pessoas com Deficiência no Mundo do Trabalho, ou simplesmente “Programa + Inclusão”, é uma iniciativa que oferece uma política pública efetiva para esse segmento da população. São pessoas que seguem economicamente ativas e podem ter dificuldades de integração em um mercado pouco preparado para recebê-las.
Pela CNT, o assessor Jason Costa Luz, da Diretoria de Relações Institucionais, foi o responsável por acompanhar o debate inicial do grupo de trabalho.
O chefe da Assessoria Especial de Promoção da Igualdade no Trabalho, Ronaldo Crispim Sena Barros, intermediou a discussão e apresentou as diretrizes do Programa. Barros destacou que a meta da iniciativa é atingir o pleno cumprimento da Lei de Cotas (Lei nº 12.711/2012), pelo intermédio da utilização de prévia qualificação para superar as dificuldades de inserção de PCDs no setor produtivo.
O chefe da Assessoria Especial afirmou, ainda, que a proposição visa “construir um pacto entre as entidades produtivas no âmbito do Programa + Inclusão para a promoção de acessibilidade e inclusão de PCDs”.
No âmbito do transporte, as empresas também precisam se adequar para amparar e integrar pessoas com deficiência em seu quadro de funcionários. O posicionamento da CNT é de que o programa pode ser muito positivo para o setor, já que existe uma dificuldade de contratação de mão de obra qualificada.
Já a auditora fiscal do trabalho Dercylete Loureiro acredita ser necessário desconstruir preconceitos. Uma das iniciativas seria a promoção de processos de letramento de gênero — desconstrução do sexismo e da desigualdade de tratamento entre homens e mulheres — e inclusão no setor produtivo, sobretudo considerando o papel da diversidade no mercado de trabalho.
Novos encontros devem ser realizados ao longo dos próximos meses para consolidar uma proposta. A CNT seguirá acompanhando o tema por meio de sua equipe técnica e apresentará suas contribuições regularmente.
Foto: Agência Brasil