A dragagem do rio Madeira, procedimento que vai retirar sedimentos do rio para permitir a passagem das embarcações com segurança, teve início no dia 17 de agosto. A previsão é que a operação ocorra ao longo de 1.086 km de extensão do Madeira, entre Porto Velho (RO) e o município de Itacoatiara (AM).
Segundo o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, serão investidos R$ 68,7 milhões para garantir o calado mínimo de 3,5 metros necessário para a navegação das barcaças que escoam milho e soja do oeste de Mato Grosso para os portos do Arco Norte e, também, para a movimentação de combustível e carga geral entre Porto Velho e Manaus.
A medida era defendida pelas empresas que operam o transporte hidroviário na região porque o serviço é essencial para segurança da navegação no rio Madeira. Em 2016, a estiagem, que baixou o nível das águas, associada ao assoreamento do rio, chegou a
paralisar o transporte de cargas pela hidrovia. A expectativa é que a realização do serviço garanta a normalidade das operações durante o ano todo.
Conforme o Sindarma (Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Estado do Amazonas), o Madeira movimenta, anualmente, 12 milhões de toneladas de produtos: seis milhões de toneladas de grãos destinados à exportação; cerca de três milhões de metros cúbicos de combustíveis e três milhões de toneladas de carga geral.