Chris standing up holding his daughter Elva

Quando você está em um voo a mais de dez mil metros de altitude, já te passou pela cabeça como o piloto se orienta e tem informações para o pouso? 

O órgão responsável pelas rotas dos voos e seu acompanhamento é o Cindacta, o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo. Além de acompanhar as rotas, esse órgão presta serviços de gerenciamento de tráfego aéreo; defesa aérea; informações aeronáuticas; meteorologia aeronáutica; telecomunicações aeronáuticas; e busca e salvamento.

Subordinado ao Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), o Centro Integrado possui quatro sedes no país, que cobrem todo o território nacional e uma parte do Oceano Atlântico, totalizando mais de 22 milhões de quilômetros quadrados de cobertura. O Cindacta I controla a região central do Brasil; o II, os estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, parte de São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Espírito Santo; o III abrange o nordeste do país e uma extensa área do Oceano Atlântico; e o IV cobre os estados do Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Amapá, Acre, Mato Grosso, Tocantins e parte do Maranhão.

O Major Marcio Tonetti, do COE (Centro de Operações de Emergência), centro responsável pelo controle de tráfego aéreo em boa parte do país, diz que o Cindacta I é responsável pelas principais rotas de voos do Brasil. “Na região central, passam os principais voos do Brasil. Ela é controlado pelo ACC (Centro de Controle de Área) de Brasília (DF). Entre os destinos que monitoramos, estão, por exemplo, voos entre São Paulo e o Nordeste; Brasília e São Paulo e Rio de Janeiro; e Belo Horizonte para os demais destinos.”

Além do controle dos voos comerciais, o Cindacta I também é responsável pela defesa do espaço aéreo brasileiro, podendo até atuar em situações de emergências. Sobre a questão, Tonetti destaca. “Também fazemos a parte de defesa aérea. Quando há qualquer aeronave não identificada, existe um protocolo de segurança, com alertas e aeronaves militares são acionadas para identificar e, em última instância, forçar o pouso ou, até mesmo, abater, caso exista uma autoridade competente que autorize o procedimento.”

Tecnologia nacional

O controle do espaço aéreo brasileiro é feito por um software nacional. Lançado em 2016, o Sagitário pode processar informações de diversas fontes, como radares e satélites, e concretizar em uma única apresentação visual para o controlador de voo. 

O sistema possui inovações em relação ao seu antecessor, o X-4000, e permite, por exemplo, a sobreposição de imagens meteorológicas e do setor sob controle. Isso permite acompanhar, por exemplo, a evolução do mau tempo em uma região. 

Além disso, os planos de voo podem ser editados graficamente sobre o mapa, permitindo inclusão, retirada e reposicionamento de pontos do plano e o cancelamento de operações.

Reportagem: Carlos Teixeira

Foto: Cindacta divulgação

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