Elaborar uma Estratégia Nacional de Mobilidade Urbana para reduzir o déficit de investimentos em sistemas de TPC-MAC (Transporte Público de Média e Alta Capacidades) nas principais regiões metropolitanas do país: esse é o objetivo por meio do qual o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o Ministério das Cidades firmaram uma parceria, que conta com a colaboração de vários atores, como representantes de entidades atuantes no setor. Esse é o caso do Sistema Transporte, que foi convidado a participar do ENMU (Estudo Nacional de Mobilidade Urbana).
Uma das principais iniciativas do ENMU é a elaboração de uma visão de futuro da mobilidade urbana no Brasil para os próximos 30 anos, com foco especial nos Sistemas de Transporte Público Coletivo de Média e Alta Capacidades. Esse foi o tema do workshop virtual realizado nessa terça-feira (25), com a participação da gerente executiva do Poder Executivo, da CNT, Danielle Bernardes.
Ao ressaltar a importância do transporte público como um direito social, ela disse que a população deveria ter acesso a ele em sua multimodalidade. “O transporte coletivo deve ser visto como uma ferramenta para o bom funcionamento das cidades e para a efetividade da mobilidade urbana. Portanto, é fundamental olhar a mobilidade urbana sob todos os seus ângulos e respeitar as características populacionais das diversas regiões do país", afirmou a gerente.
Nesse sentido, Danielle Bernardes enalteceu a realização de eventos como o workshop, que, para ela, “é de fundamental importância por reunir diferentes perspectivas, além de coletar insumos que irão nortear os próximos passos do ENMU”.
Segundo o BNDES e o Ministério das Cidades, o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana tem pelo menos três objetivos: a elaboração de uma visão consolidada das necessidades de investimento em TPC-MAC nas 21 regiões metropolitanas com população conurbada (quando duas cidades limítrofes formam um único núcleo urbano) superior a 1 milhão de habitantes; a formação de uma carteira de concessões e de parcerias público-privadas que promovam investimentos para a melhoria dos serviços públicos; e o oferecimento de insumos para apoiar a coordenação de esforços interfederativos para a implantação dos projetos.
Foto: Fernando Frazão - Agência Brasil