Chris standing up holding his daughter Elva

Se o mundo se transforma de forma acelerada, as organizações também precisam fazê-lo. Nesse sentido, a gestão ágil surge como importante alternativa para que se trilhem novos caminhos e se elevem as chances de projetos exitosos. Mas ela requer um esforço de mudança. Exige que se criem as condições e estratégias que favoreçam a mudança de cultura, além da construção de um plano de transição. Esses foram os assuntos do segundo dia do workshop “Gestão Ágil e Mudança de Mindset”, capacitação oferecida pelo Sistema CNT (CNT, SEST SENAT e ITL) a gestores de empresas de transporte e realizada pela HSM.    

“Existe um novo mundo acontecendo. Nesse novo mundo, o mindset ágil traz reflexões importantes”, disse Márcio Almeida, consultor que ministrou o segundo dia do workshop. Segundo ele, os líderes devem ser os principais motivadores para essa transformação. Um dos aspectos que merecem atenção dos gestores são as chamadas crenças limitantes, pensamentos e interpretações que podem fazer o indivíduo analisar e avaliar cenários e situações de forma equivocada. “É o que leva as pessoas a se fecharem aos novos conhecimentos e a entenderem o que está mudando”, explica Márcio.

Evitá-las e condicionar-se para a mentalidade ágil requer, segundo ele, uma constante avaliação sobre os próprios padrões. “Incentive seu ecossistema a desafiar os paradigmas, a questionar por que as coisas são feitas do jeito que são. É preciso revisar tudo o que rege nossas ações e a maneira como cada um interage com a vida.”

Para contextualizar a gestão ágil na organização, é crucial, também, ter clareza de informação e métodos e criar ambientes para que o ágil aconteça. “Não adianta passar por um processo de novas iniciativas, novas ideias, novos arranjos de trabalho sem que se preparem ferramentas, métodos e processos apoiadores para esse novo estado mental na organização”, explica o consultor. Isso pode incluir, até mesmo, a revisão de regras e normativos da empresa.  

A fase seguinte é planejar a execução do projeto. Nesse momento, a forma de ideação deve ser ágil e é necessário manter como premissas autonomia, a flexibilidade, a adaptabilidade e o protagonismo do time envolvido nas iniciativas. 

Os obstáculos também precisam ser previamente mapeados, de modo a garantir a adaptabilidade do trabalho caso eles apareçam. “Em vez de ‘não, porque’, use ‘mas e se’ para encontrar as soluções”, recomenda.

Por fim, definir a estratégia da mudança demanda que se pontuem as alternativas disponíveis. “Como dispor das melhores soluções que você tem para o caso com que você está lidando?”, provoca Márcio Almeida.

Além disso, ele destaca que as iniciativas devem levar em consideração, sempre, a necessidade dos clientes. É daí que podem surgir oportunidades, se os gestores estiverem abertos às mudanças. “O kit de partida para uma mentalidade ágil é saber o que, para que, com quem, como e quando. Mas o resultado para o cliente sempre tem que ser o foco para qualquer resposta sua. Se não se adotar essa lógica, o que ocorre é que crenças limitantes ou barreiras naturais de cada negócio – e muitas vezes são financeiras – impedem a inovação. Ao entregar o que seu cliente espera, o seu negócio é potencializado pelo próprio cliente. Reinvente, reanalise, reinvista, reinicie. Essa é a chave para a inovação perene”, recomenda.


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