O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com a Marinha do Brasil, lança nesta segunda-feira (5) o Atlas Geográfico das Zonas Costeiras e Oceânicas do Brasil. A publicação reúne, pela primeira vez, mapas com informações produzidas por instituições nacionais e internacionais sobre os recursos do mar, suas características geológicas, oceanográficas, biológicas e aspectos socioeconômicos do litoral brasileiro.

O objetivo é incentivar a sociedade a pensar, conhecer e valorizar o uso racional da biodiversidade e dos recursos minerais e energéticos presentes nas águas oceânicas, solo e subsolo marinhos, que constituem parte fundamental do desenvolvimento socioeconômico e da sustentabilidade ambiental do país.

Nele, é possível encontrar ainda a evolução da distribuição da população pelo território e como o litoral foi ocupado. Mais de um quarto da população brasileira, ou 26,6%, mora em áreas próximas ao litoral. Isso equivale a 50,7 milhões de pessoas, o que justifica a necessidade de se organizar as principais informações socioeconômicas dessas regiões.

Segundo o estudo, 9,2% dos domicílios dos 463 municípios da zona costeira são utilizados ocasionalmente (usados para descanso de fins de semana ou férias, por exemplo). Em Balneário Camboriú (SC) essa proporção é de 30,3%.

A publicação aborda ainda os impactos causados pelo homem nos ecossistemas marinhos e costeiros. De acordo com o levantamento, toda a costa do estado do Rio Grande do Sul e a parte mais ao sul de Santa Catarina, relativamente pouco impactadas pela ação humana, estão classificadas como de alta importância biológica e áreas prioritárias para conservação.

Para o IBGE, o atlas deve servir de molde para a produção de publicações semelhantes em outros países de língua portuguesa. Para isso, estão sendo firmados acordos no âmbito do comitê que reúne essas nações e a Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, da Marinha.

A publicação poderá ser adquirida na loja virtual do IBGE?.?