Chris standing up holding his daughter Elva


O Sistema CNT (CNT, SEST SENAT e ITL) realiza mais uma Missão Internacional do Transporte. Desta vez, o destino é a Suíça, com o objetivo de conhecer os avanços do país europeu na temática ESG (boas práticas ambientais, sociais e de governança). Até o dia 28, a delegação de empresários brasileiros frequenta o campus do IMD (International Institute for Management Development) na cidade de Lausanne. A instituição é considerada uma das melhores escolas de negócios do mundo, segundo o Financial Times, e foi eleita a melhor da Europa pela Bloomberg Businessweek 2022-2023.

A comitiva foi recepcionada pelo coordenador do curso, o professor Carlos Cordon, especializado em Estratégia e Gestão de Cadeia de Suprimentos. O acadêmico falou de aspectos do povo suíço e mostrou como o país tem trazido a agenda ESG para o transporte. Em seguida, apresentou a palestra “O futuro da cadeia logística: um mundo de oportunidades”.

Cordon acredita que houve um despertar sobre as práticas ESG a partir de 2018, com diversas implicações que ainda precisam ser melhor compreendidas. Uma delas é que algumas empresas estão se mostrando dispostas a diminuir a margem de lucro para estar em conformidade, ao passo que alguns consumidores estão de acordo em pagar mais por um produto certificado. “Se você não estiver em conformidade, estará fora da lista seleta de fornecedores. Agora, (do ponto de vista de quem contrata) a questão é saber se a conformidade é pra valer em cada intermediário da operação”, alerta.

“Outro importante aspecto do ESG no transporte é a responsabilidade social. As companhias precisam considerar o impacto de suas operações na sociedade, incluindo questões como segurança e acessibilidade”, pondera. “A Suíça tem uma tradição forte em transporte público, com uma rede extensiva de linhas de trens, ônibus e trolleys. No entanto, ainda há desafios quando se trata de assegurar que esses serviços sejam acessíveis para todos os membros da sociedade”, acrescenta.

Sobre a nova face da cadeia logística pós-pandemia de covid-19, o acadêmico pintou um quadro disruptivo, com as grandes empresas dando preferência a transações regionais e atuando globalmente apenas quando estritamente necessário. De acordo com ele, a sucessão de incidentes perturbadores da logística global – desde a guerra na Ucrânia até a escassez de motoristas profissionais – ainda não se encerrou, mas que as empresas estão aprendendo a aumentar a resiliência da cadeia de suprimentos. 


Para ampliar o conhecimento

A sigla ESG deixou de ser um jargão do mercado financeiro e passou a designar uma agenda de boas práticas a serem perseguidas pelas empresas, sob o olhar de consumidores cada vez mais exigentes. Essa reorganização de valores alcança o setor de transporte, que precisa estar atento a oportunidades e eventuais cobranças.Com o intuito de esclarecer conceitos e apontar caminhos, a Agência CNT Transporte Atual preparou um material especial, que inclui um podcast, um vídeo e uma publicação. Esta última resume a série de três reportagens sobre o tema publicada pela Revista CNT Transporte Atual entre os meses de março e maio de 2021. Para explicar cada letra da sigla ESG, foram ouvidos grandes especialistas, como Sandra Guerra (Better Governance), Aron Belinky (ABC Associados) e Marcella Ungaretti (XP).

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