Os resultados do maior e mais completo acompanhamento sobre o estado geral das rodovias brasileiras foi tema da primeira reunião ordinária da Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano da Alesc (Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina). A apresentação da Pesquisa CNT de Rodovias 2022 ocorreu nessa terça-feira (28) e ficou a cargo da diretora executiva adjunta da CNT (Confederação Nacional do Transporte), Fernanda Rezende. A avaliação da malha rodoviária pavimentada das principais rodovias estaduais catarinenses, bem como das federais no estado, foram destaque da exposição.
De acordo com a Pesquisa, 68,2% da malha rodoviária pavimentada de Santa Catarina foi classificada como regular, ruim ou péssima. Para recuperar as rodovias do estado, seria necessário um investimento da ordem de R$ 3,06 bilhões, sendo R$ 2,24 bilhões desse montante para ações emergenciais de restauração e reconstrução. O restante – R$ 825 milhões – correspondem a obras de manutenção.
Em 2022, o estado teve um total de 3.510 quilômetros de rodovias avaliadas pela CNT. Destes, 2.387 quilômetros eram vias federais e os outros 1.123 quilômetros, trechos sob responsabilidade estadual. “A intenção aqui é justamente demonstrar a realidade das rodovias, buscar recursos, unir esforços para melhorar a eficiência do setor transportador e a condição da malha rodoviária catarinense”, destacou Rezende.
A visita da CNT aos deputados estaduais catarinenses na Alesc foi a convite do presidente da Comissão, deputado Antídio Lunelli (MDB). O encontro foi intermediado pela Fetrancesc (Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina). O presidente da Federação, Dagnor Schneider, ressaltou preocupação com a infraestrutura rodoviária atual, especialmente, a carência dela no estado. “Nossa atividade empresarial é desenvolvida sobre rodovias e, por isso, o setor está mobilizado, pois corremos sério risco de ter um colapso em nossa atividade econômica por falta de infraestrutura rodoviária”, pontuou.
Para Antídio, a sensibilização das autoridades estaduais por meio da Alesc, da Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano, do governo do estado, do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e do Fórum Parlamentar Catarinense em Brasília é fundamental. “Atuaremos fortemente para que a pauta tenha o devido andamento e chegue a um denominador comum, que é trazer mais recursos e investimentos para a recuperação da malha viária de Santa Catarina”, declarou.
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