A nova edição do boletim Economia em Foco, divulgado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) nesta segunda-feira (16), explica as razões pelas quais os consumidores não verificam, nas bombas, reduções de preços de combustíveis nos mesmos patamares que são anunciados pela Petrobras nas refinarias.
Entre a refinaria e o consumidor final, há diversas etapas da cadeia produtiva que impactam o valor que será cobrado nos postos. “O processo envolve a coordenação de diferentes agentes econômicos e diversas atividades complementares que influenciam a composição do seu valor final, mostrando que as relações nesse setor são complexas e possuem particularidades que ajudam a explicar o comportamento do preço final desse produto”, diz o Economia em Foco.
Segundo a CNT, a composição do preço (formado, além do custo do produto, por distribuição e revenda, custo do biodiesel, ICMS, Cide, Pis, Pasep e Cofins) dificulta a redução do valor nos postos. Entre os fatores, estão, também: a adição de biocombustíveis aos combustíveis fósseis, que eleva o preço de revenda; os entraves logísticos, que encarecem a distribuição; o nível de competição; e a estrutura de mercado.
Para a Confederação Nacional do Transporte, solucionar esse problema passa por melhorar a infraestrutura de transporte, para gerar mais eficiência logística, e incentivar um ambiente mais concorrencial no refino e na distribuição dos combustíveis, “seja por meio da revisão das regras de importação desse tipo de produto, elevando o número de agentes que o oferecem no mercado interno, por meio do estímulo à entrada de novas refinarias no país, seja mediante uma maior abertura para a entrada de novas distribuidoras”.