Chris standing up holding his daughter Elva
Levantamento preliminar feito pela Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) aponta uma tendência de redução de preços das tarifas áreas desde a desregulamentação da franquia de bagagem, em meados de junho. A análise dos dados colhidos entre junho e o início de setembro indica que a tarifa média caiu de 7% a 30% entre as companhias aéreas que implementaram mudanças, como a venda de bilhetes a preços menores para quem não precisa despachar malas. 

Conforme os números da entidade, a parcela dos passageiros que viajam sem bagagem chega a 65% na Gol, a 63% na Latam e a 60% na Azul. Eles optam por classes tarifárias até 30% mais baratas do que as que dão direito a um volume de até 23 kg.

No caso da Gol, houve aumento de 50% no volume de viajantes que não despacham bagagem, em relação ao mesmo período do ano passado, o que corresponde a 1 milhão de bilhetes já vendidos com a nova tarifa. A Latam calcula que mais de 900 mil passageiros já voaram com tarifas mais baixas. A Avianca, por sua vez, ainda não implementou as novas regras de bagagem.

“Na medida em que de fato os preços caem, abrimos espaço para ampliar a concorrência e a disputa, além de incluir mais passageiros e permitir, inclusive, a retomada de voos cujos custos ficaram inviáveis pela queda de passageiros que tivemos no ano passado”, afirma o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. “Quando houve a desregulamentação dos preços das passagens aéreas, em 2002, tínhamos 30 milhões de passageiros. Saltamos para 100 milhões em 2015. Nesse período, a tarifa caiu cerca de 50%, mas no ano passado 8 milhões de brasileiros deixaram de viajar de avião por conta da crise”, acrescenta ele.

Sanovicz lembra, ainda, que o Projeto de Resolução do Senado (PRS 55/2015), que limita o teto de ICMS sobre o querosene de aviação (QAV) em 12%, que vai gerar novos voos e desenvolvimento econômico em todo o país, segue em tramitação no Senado.


Relatório da Anac registra menores valores da história


O Relatório de Tarifas Aéreas, divulgado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) na última terça-feira (19/9), mostra que a tarifa aérea média doméstica real (corrigida pela inflação) foi de R$ 323,62 no primeiro semestre do ano. O valor caiu 2,6% em relação ao mesmo período de 2016.

O valor médio por quilômetro pago por passageiro em voos domésticos (chamado Yield Tarifa Aérea Médio Doméstico) foi o menor já registrado para o primeiro semestre na série histórica, iniciada em 2002: R$ 0,2825. O resultado foi 4,89% menor que dos primeiros seis meses de 2016.

Das tarifas aéreas domésticas comercializadas ao longo do primeiro semestre de 2017, 58,2% foram inferiores a R$ 300,00 e 10,2% abaixo de R$ 100,00. Valores superiores a R$ 1.500,00 corresponderam a 0,4% do total.


Aumento da demanda em agosto


A demanda doméstica de passageiros quilômetros pagos transportados (RPK) cresceu 5,4% em agosto deste ano, comparada com o mesmo mês de 2016. O número representa a sexta alta consecutiva do indicador. A oferta de assentos quilômetros ofertados (RPK) apresentou alta de 3,5% em agosto, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado dos oito primeiros meses, a demanda cresceu 1,7% e a oferta, 0,6%, comparadas a igual período do ano passado.

Foram transportados 7,6 milhões de passageiros pagos no mercado doméstico em agosto deste ano, o que representou crescimento de 2,8% em relação a agosto de 2016.

O transporte de carga paga e correio no mercado doméstico, em agosto, foi de 37.865 mil toneladas, o que representou crescimento de 5,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Nos oito primeiros meses do ano houve uma queda acumulada de 0,6%.

A demanda internacional das empresas brasileiras expandiu ainda mais. O aumento foi de 16,6% em agosto deste ano, frente ao mesmo mês de 2016. Foi a 11ª alta seguida do indicador. Já a oferta cresceu 18,2% no mesmo comparativo.

No acumulado de janeiro a agosto de 2017, a demanda internacional cresceu 13,2% e a oferta aumentou 10%, em comparação com igual período de 2016.

No total, durante o mês de agosto, foram transportados 732 mil passageiros pagos por empresas brasileiras em voos internacionais, o que representou o maior nível alcançado para o mês na série histórica, iniciada em 2000.

Com informações da Abear e da Anac
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