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O presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, recebeu, nesta quinta-feira (12), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, em uma visita institucional. Durante a reunião, foram abordadas questões relacionadas aos roubos de mercadorias no transporte e aos ataques criminosos, como incêndios e vandalismo contra veículos de transporte coletivo urbano.

Esses problemas estão entre as principais preocupações do setor de transporte, especialmente nos modais ferroviário, hidroviário e rodoviário, sendo esse último o mais afetado. A falta de segurança nas estradas brasileiras levou à assinatura de um acordo de cooperação técnica entre a CNT (Confederação Nacional do Transporte) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Essa foi a primeira visita do ministro Lewandowski à sede do Sistema Transporte, em Brasília. Vander Costa estava acompanhado de Valter Souza, diretor de Relações Institucionais da CNT, e Danielle Bernardes, gerente executiva de Poder Executivo, da CNT.

Do lado do Ministério, o ministro estava acompanhado de Antônio Oliveira, diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), e Thais Arbex, assessora especial e chefe de Comunicação da pasta. A reunião também contou com a presença da ex-senadora Kátia Abreu, consultora da CNT, e de Eduardo Rebuzzi, presidente da NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) e da Fetranscarga (Federação do Transporte de Cargas do Estado do Rio de Janeiro).

Insegurança no transporte

O roubo de cargas tem um grande impacto econômico devido aos seus efeitos em cadeia. Trata-se de uma das ocorrências mais frequentes no setor de transporte, no Brasil, representando 72% dos casos. De acordo com a Susep (Superintendência de Seguros Privados), houve um aumento de 27% na demanda por seguros de responsabilidade civil para o desaparecimento de cargas (RC-DC), entre janeiro e junho de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023.

No transporte de passageiros, um levantamento da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) identificou o Rio de Janeiro como o estado com o maior número de ônibus incendiados em 2023, com 45 casos, dos quais 25 foram retaliações do crime organizado. Em todo o Brasil, o ano passado registrou 105 incidentes desse tipo, o maior número desde 2019.

Os setores ferroviário e aquaviário também sofrem com ações criminosas. A pirataria nos rios Amazonas, Solimões e Madeira tem como alvos principais o diesel e a gasolina, destinados a quadrilhas de narcotraficantes, resultando em prejuízos de cerca de R$ 100 milhões por ano. No setor ferroviário, as ocorrências incluem desde roubos de cargas até furtos de cabos de sistemas elétricos. Em 2023, foram registrados 1.701 ataques contra linhas de transporte de passageiros, com uma média de mais de quatro furtos de cabos por dia.

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