Foram retomados os serviços de dragagem no rio Madeira para a estiagem de 2020, em Rondônia. O trabalho tem como objetivos garantir a navegação segura das embarcações e auxiliar no escoamento de produtos e no abastecimento de insumos para as regiões Norte e Centro-Oeste do país. 

Esse é o quarto ano de execução do contrato de dragagem. De acordo com dados da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), a hidrovia do rio Madeira transportou mais de 9,4 milhões de toneladas de cargas em 2019, um crescimento de mais de 8% em comparação com o ano de 2018. O rio é um dos principais eixos logísticos do norte do país e integra o Arco Norte, que abrange os estados do Acre, Rondônia, Amazonas, Pará, Mato Grosso e Tocantins, e garante o escoamento de produtos pelo rio Amazonas e pelos seus afluentes da margem direita, que correm na direção sul-norte, dos cerrados do centro do país para a floresta amazônica. 

Ainda pelo rio Madeira, é feito o escoamento da soja e do milho de Mato Grosso e Rondônia, bem como de insumos como combustíveis e fertilizantes, com destino a Porto Velho e Manaus, além de alimentos e produtos produzidos na Zona Franca de Manaus.

O presidente da Fenavega (Federação Nacional de Empresas de Navegação Aquaviária), Raimundo Holanda, destaca que os players e os órgãos responsáveis vêm atuando em conjunto para resolver a questão da dragagem do Madeira. "Estamos em constante conversa com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e com a Secretaria Nacional de Portos. Nossas tripulações passam as informações de onde são os pontos que têm maior necessidade de dragagem, pois o Madeira muda seu curso bastante, principalmente na parte navegável." 

A dragagem está ocorrendo, segundo o Ministério da Infraestrutura, nos passos críticos de Curicacas (entre Porto Velho e Humaitá) e de Miriti (entre Humaitá e Manicoré). Estão sendo utilizadas três dragas de sucção e recalque. 

Outros locais ainda serão dragados, conforme mapeamento e indicação dos navegadores, com previsão de término em outubro, quando o período de baixa do rio se encerra.

Holanda ainda defende a necessidade de ser investir na infraestrutura do Madeira para além de iniciativas pontuais. "O ideal seria termos um projeto que transformasse o Madeira em uma hidrovia, e não apenas termos dragagens pontuais. Mas, pelo menos, existe um projeto a ser seguido, e isso está melhorando e atenuando os problemas dos armadores."  

Os colaboradores do Dnit estão seguindo orientações e cumprindo medidas de prevenção ao novo coronavírus no ambiente de obras. Para isso, as equipes atuam no sistema rotativo, em dois turnos, das 6h às 22h, obedecendo a uma série de recomendações importantes para a manutenção da saúde dos colaboradores no ambiente embarcado.

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