Diferentes experiências de Sistema de Transporte Rápido por Ônibus (BTR) na Colômbia, México, Brasil e outros países foram apresentadas no último dia do Seminário Nacional 2013 “Mobilidade sustentável para um Brasil competitivo”, realizado em São Paulo, de 3 a 5 de julho, em São Paulo.

O BRT é um sistema que visa tornar o transporte público mais eficiente aumentando a fluidez no trânsito. Os coletivos transitam em vias exclusivas, os corredores viários, de forma integrada com outros sistemas de transporte de menor capacidade. Além disso, têm uma estrutura que facilita o embarque e o desembarque de passageiros reduzindo os tempos de parada, entre outras caractéristicas.

O consultor internacional Mario Valbuena citou práticas que deram certo e também problemas encontrados em outros países, dando um alerta para que os projetos de BRTs em construção no Brasil possam ser concretizados com qualidade.

Um elemento fundamental para a qualidade e a competitividade do serviço é a rapidez. Valbuena comentou que há experiências nas quais as integrações ocorrem de forma demorada, não tornando o sistema tão atrativo. “O BRT deve oferecer a vantagem da rapidez, para que os usuários se sintam satisfeitos. Precisam ser sistemas eficientes, que interliguem de forma adequada origens e destinos, evitando baldeações complicadas”.

As tarifas cobradas devem ser atrativas e o sistema precisa contar com oferta eficiente de informações para orientar os usuários sobre funcionamento e horários. No Chile, foi implantada recentemente uma medida positiva de se reduzir o preço das passagens na hora do rush.

O secretário-geral da Associação Latinoamericana de Sistemas Integrados e BRT (SIBRT), Luis Ricardo Gutiérrez, destacou a importância de os projetos do Brasil terem como exemplo o que tem sido feito na Europa, que já definiu uma categoria específica de BRT, que inclui o conceito de maior qualidade em relação aos sistemas originais.

Esse conceito extrapola a característica da rapidez. “O BRT não deve ser somente um ônibus rápido, precisa de muitas outras características. Precisamos, por exemplo, otimizar os corredores e deixá-los inseridos em uma rede de transporte, na qual a população tenha estrutura para ser transportada porta a porta”, explica Gutiérrez.

Ele cita que as rotas precisam estar integradas com o uso do espaço público. “Que esse espaço seja amigável, integrado com bicicletas e parques”, defende.

A experiência de implantação de sistemas de BRT no Rio de Janeiro também foi relatada durante o seminário da NTU em São Paulo.


De São Paulo (SP), Cynthia Castro
Agência CNT de Notícias

?

CNT - Confederação Nacional do Transporte

SAUS Q.1 - Bloco J - Entradas 10 e 20
Ed. Clésio Andrade - CEP: 70070-944 - Brasília - DF
Fale Conosco: (61) 2196 5700

©2023 - Confederação Nacional do Transporte