Chris standing up holding his daughter Elva

Até essa sexta-feira (28), a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa recebe o ciclo de palestras do 12º Fórum de Lisboa. Neste ano, o tema principal é “Avanços e recuos da globalização e as novas fronteiras: transformações jurídicas, políticas, econômicas, socioambientais e digitais”. O Sistema Transporte (CNT, SEST SENAT e ITL) acompanha os debates e, nesta quarta-feira (26), participou da mesa “ESG e sustentabilidade corporativa”.

Na ocasião, a diretora executiva nacional do SEST SENAT, Nicole Goulart, trouxe um panorama dos desafios enfrentados pelo setor de transporte em cada um dos pilares ESG: ambiental, social e governança. Segundo a diretora, o setor já se submete a uma regulamentação bastante robusta e vê, com naturalidade, a adoção de boas práticas que impliquem uma operação mais sustentável.   

“A jornada ESG já foi iniciada pelas transportadoras de grande porte. Esse movimento tende a ser replicado por empresas menores, que podem contar, a qualquer momento, com os subsídios técnicos do Sistema Transporte. Sobretudo, o setor usufrui da estrutura do SEST SENAT para prover atendimentos em saúde e capacitação profissional para seus colaboradores”, detalhou a diretora.

De acordo com Nicole Goulart, a transição energética deve ser encarada como oportunidade e há espaço para o setor de transporte reduzir suas emissões de CO2. “A descarbonização, porém, depende de uma série de fatores, que incluem o investimento em novas tecnologias e o desenho de políticas setoriais. O Sistema Transporte é favorável à diversificação de soluções ‘verdes’, de modo a contemplar as especificidades do nosso país e dos diferentes modais”, argumentou.   

Com relação ao eixo “S” da agenda ESG, a diretora trouxe alguns dados, como a baixa participação feminina no transporte rodoviário de cargas – do total de motoristas no segmento, apenas 3% são mulheres. “Trabalhamos para promover a diversidade e a inclusão no setor e demonstramos que a mudança de cultura geralmente resulta em ganho de produtividade, valorização da marca e maior engajamento dos colaboradores”, acrescentou.

Ao falar dessa realidade ainda tímida das mulheres no setor, Nicole Goulart fez um contraponto, informando que o Sistema Transporte já pratica a equidade salarial entre homens e mulheres de mesmo cargo e função, com 57% do quadro de pessoal composto por mulheres; e 55% dos cargos de liderança exercidos por mulheres, conforme o Censo de 2023 do SEST SENAT.

No Fórum, a diretora dividiu a palavra com a ministra Anielle Franco, de Igualdade Racial do Brasil; Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração da Magazine Luiza; Alexandre Baldy, presidente do Conselho de Administração da BYD no Brasil; Carlos Portugal, professor da Universidade de São Paulo; Lucinéia Possar, diretora jurídica do Banco do Brasil; e com o advogado Daniel Weiss. Os debates foram mediados pela atriz e mestre em Saúde Mental Maria Paula Fidalgo.

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