Na última quarta-feira (6), o Sistema Transporte participou de uma reunião com o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) para tratar sobre o Projeto de Lei nº 4.516/2023, que estabelece o programa Combustível do Futuro. Jardim é o relator da matéria, que se encontra no Plenário da Câmara dos Deputados e tramita em regime de prioridade. O encontro foi realizado no gabinete do deputado, em Brasília (DF), e teve a participação do deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) e do assessor técnico da área ambiental do deputado Jardim, Ziraldo dos Santos. Participaram, também, os representantes da CNT: a gerente executiva do Poder Legislativo, Andrea Cavalcanti; o analista em Transporte, Gustavo Willy; e a assessora parlamentar, Ariana Carvalho.
O intuito foi sensibilizar o parlamentar sobre os prejuízos ambientais e financeiros da elevação acima de 10% da mistura do biodiesel no diesel convencional. Esse é um tema que preocupa bastante a CNT, já que a elevação do percentual de misturas nos combustíveis costuma trazer prejuízos para as empresas de transporte. “Além da perda da autonomia dos veículos, o que eleva a emissão de CO2 (gás carbônico) na atmosfera, há o problema da quantidade de borra produzida pelo biodiesel que prejudica o funcionamento dos veículos”, explicou Andrea Cavalcanti.
Segundo Gustavo Willy, é necessário ter um mandato único para os combustíveis limpos. “O mandato único é um conceito que estabelece um teto de 10% para misturas em variados tipos de combustíveis, como metano e hidrogênio verde, por exemplo”, detalhou o analista em Transporte da CNT.
A CNT também pediu para ser incluída no CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), pois, assim, poderá dialogar sobre combustível. A medida é uma forma de aproximar um setor considerado um dos maiores consumidores de combustíveis do mundo àqueles que produzem o insumo.
Outra demanda foi para que o processo de alteração do marco legal do combustível seja feito de maneira gradual, com o correspondente investimento em infraestrutura. “Não adianta você ter obrigação de usar hidrogênio verde se não existirem pontos de abastecimento na rota de um caminhão, por exemplo”, explicou Andrea.
Também foram entregues os materiais da série Energia no Transporte — Hidrogênio Renovável, Eletromobilidade e Biometano — para os parlamentares.