Chris standing up holding his daughter Elva

O ecossistema da mobilidade urbana é uma teia complexa e interconectada que envolve pessoas, bens e serviços, com impactos diretos nos aspectos socioeconômicos, logísticos e ambientais das cidades. Visando à transformação da mobilidade na região, o Distrito Federal foi o anfitrião do Parque da Mobilidade Urbana Regional Centro-Oeste, na quinta-feira (21). O evento reuniu, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, organizações comprometidas com o desenvolvimento de um sistema de mobilidade sustentável, disruptivo e inclusivo.

A edição regional do PMU (Parque da Mobilidade Urbana) teve o apoio da FAPDF (Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal) e buscou criar um ambiente de troca de conhecimento, no qual gestores municipais tiveram acesso a conteúdos exclusivos e direcionados. O objetivo foi debater melhores práticas, soluções inovadoras e parcerias estratégicas para promover a evolução do transporte urbano nas cidades do Centro-Oeste.

“A mobilidade urbana é a espinha dorsal das cidades e impacta diretamente a qualidade de vida da população. O PMU Regional Centro-Oeste é uma oportunidade única de alinharmos estratégias e ações que tornem as cidades mais sustentáveis e inclusivas para todos”, destacou Paula Faria, CEO da Necta, idealizadora do Parque da Mobilidade Urbana.

Com mais de 300 participantes e 25 palestrantes em dois palcos simultâneos, o evento contou com importantes discussões de políticas públicas e inovações tecnológicas voltadas ao setor. Um dos painelistas foi Gustavo Willy, analista de Transporte da CNT (Confederação Nacional do Transporte). Ele participou da mesa “A descarbonização do transporte público como prioridade para os novos governos municipais” ao lado de Gilmar Marques, coordenador de Tecnologia e Inovação da FAPDF; Luiz Alberto Lenz, presidente executivo da CWBUS; e Fabrício Pietrobelli, gerente de Projetos de Mobilidade Sustentável da KfW.

Na oportunidade, o representante da CNT falou sobre a complexidade e os caminhos da transição energética, com ênfase em fontes alternativas e “verdes” para o setor transportador. “Destacamos a necessidade de que todos os atores conversem sobre o tema de maneira igualitária para, de fato, conseguirmos solucioná-lo, porque esse não é um problema simples; ele é complexo. Assim, exige ações complexas com o envolvimento de todos os atores da cadeia”, enfatizou Gustavo Willy.

Um dos destaques da mesa-redonda foi a necessidade de serem dados incentivos e condições pautáveis para que essa transição energética ocorra. “Uma coisa que ficou muito clara, no nosso painel, é que existe uma necessidade forte de investimento em infraestrutura para abarcar as novas tecnologias. É preciso haver a criação e a implementação de políticas públicas que forneçam a infraestrutura adequada para conseguir implementar fontes energéticas alternativas para o transporte”, relatou Willy.

Mobilidade urbana no Distrito Federal

O Distrito Federal se destaca nacionalmente pelos seus investimentos em mobilidade urbana, permeando diversos segmentos. O programa Brasília Vida Segura, por exemplo, reduziu 43% dos acidentes fatais na capital federal. A cidade também conta com uma infraestrutura robusta que inclui 150 km de faixas exclusivas para ônibus e 664,7 km de ciclovias, formando a segunda maior malha cicloviária do Brasil. Além disso, o Distrito Federal possui um sistema consolidado de bicicletas compartilhadas e está em fase de expansão dos projetos de metrô e BRT no Corredor Eixo Oeste.

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