A demanda por voos domésticos teve queda de 93% em abril, em relação a igual mês do ano passado, refletindo o agravamento do impacto da pandemia do novo coronavírus na aviação comercial brasileira. A oferta de assentos nos aviões recuou 91,3% na mesma comparação. Esses dois indicadores são os piores resultados mensais da série histórica da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), iniciada em 2000. Os dados foram compilados pela Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) e incluem as operações de suas associadas (Gol, Latam, Voepass/Map) e trazem números agregados das demais empresas nacionais.
A taxa de ocupação dos aviões ficou em 65,4% em abril, uma diminuição de 16,4 pontos percentuais na comparação anual, desempenho mais fraco desde junho de 2010. O volume de passageiros transportados em voos nacionais teve retração de 94,5%, para 399,5 mil pessoas, pior resultado mensal em 20 anos.
O transporte de passageiros para o mercado internacional, entre as companhias aéreas nacionais, caiu 98,1% em março, diante do mesmo mês de 2019. A oferta recuou 96,4% na mesma base de comparação. O aproveitamento dos aviões teve redução de 40,5 pontos percentuais, para 44,2%. Ao todo, foram transportados 9,2 mil passageiros, queda de 98,7%. Novamente, são os piores desempenhos mensais para esses indicadores desde 2000.
A demanda por transporte aéreo de cargas no país recuou 66,8% em abril, em relação ao mesmo mês do ano passado. Para o mercado internacional, a retração foi de 58,8%.
Com informações da Abear
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