A adoção de medidas para racionalizar o uso da água tem permitido uma redução que alcança até 60% em aeroportos administrados pela Infraero. A estatal desenvolve o Programa de Gerenciamento de Recursos Hídricos, que visa otimizar processos que utilizam a água e implementar tecnologias para diminuir o consumo desse recurso em instalações já existentes.

Entre as referências está o terminal de Campina Grande (PB), onde houve uma queda de 60% no consumo e de 50% no custeio, graças ao reaproveitamento da água de testes feitos com os caminhões de combate a incêndio, além de aproveitamento da água da chuva.

Em Recife (PE), a estimativa é que somente a tecnologia do esgoto a vácuo e o reaproveitamento da água do ar condicionado em bacias sanitárias tenham permitido uma economia de 187 milhões de litros de água desde 2005. Nesse período, o consumo, em litros/passageiro, baixou de 24,7 para 17, uma queda de 38%.

Uma das menores taxas de consumo por passageiro é observada no aeroporto de Congonhas (SP): oito litros, segundo dados de 2015. Conforme a Infraero, o consumo nesse aeroporto se mantém quase constante ao longo dos anos, apesar do aumento de passageiros e da complexidade de suas atividades. O terminal aproveita água da chuva e reutiliza parte dos recursos hídricos utilizados em testes com os caminhões de combate a incêndio.

Santos Dumont (RJ) e Curitiba (PR) também aparecem entre aqueles com os menores índices, no consumo por passageiro: 10,9 litros e 10,5 litros, respectivamente. Além do esgoto a vácuo, o Santos Dumont aproveita água da chuva, num total de 53 mil litros por dia. Essa quantidade é suficiente para abastecer cerca de 440 famílias, diariamente, de acordo com a Infraero. No terminal paranaense, uma das principais ações é o reaproveitamento da água dos caminhões de combate a incêndio.  

A manutenção da rede, adotada por meio do Plano de Segurança da Água, também é uma estratégia importante para evitar o desperdício. No aeroporto de Goiânia (GO), por exemplo, foi possível economizar 33 milhões de litros de água no ano passado, após a identificação de vazamentos. Em Jacarepaguá (SP), essas providências também permitiram poupar 74 milhões de litros entre 2013 e 2015.

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