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?Tradicionalmente conhecida pelos frequentes atoleiros em períodos de chuvas e as consequentes filas de caminhões que transportam grãos do Mato Grosso até os portos do Pará, a situação precária da BR-163 parece estar com os dias contados. A rodovia deve ser concedida no trecho que vai de Sinop (MT) a Miritituba (PA), entre 2019 e 2020. A informação foi anunciada pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, nesta quarta-feira (30), durante o lançamento da Operação Radar, estratégia do governo para o escoamento da safra 2018/2019. 

De acordo com o ministro, a concessão será realizada após a pavimentação de 51 km na região de Moraes de Almeida (PA), trecho restante para que a rodovia esteja totalmente pavimentada entre Sinop e Miritituba. Trata-se do ponto mais crítico dos atoleiros. As obras estão orçadas em R$ 2,55 bilhões e são de responsabilidade do Exército. O órgão promete concluí-las ainda este ano. Outro trecho de 58 km, acima de Miritituba, na região de Rurópolis (PA), também será pavimentado e tem previsão de obras concluídas em 2020. Entretanto, ficará fora do leilão. 

Freitas explicou que a concessão deve durar somente pelo período das obras da Ferrogrão, ferrovia tida como estratégica pelo governo, e que também vai ligar Sinop e Miritituba. Como a pavimentação já estará concluída, a promessa é que os pedágios custem menos do que custariam caso as intervenções ainda tivessem que ser realizadas pela futura empresa administradora do contrato. Detalhes da concessão serão definidos na primeira reunião do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), prevista para fevereiro. A prioridade para o momento são os trechos não pavimentados. “Uma das grandes metas do ministério é a pavimentação da BR-163 para resolver os atoleiros”, explicou o ministro. 

Operação Radar

O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) repassou R$ 4 milhões para a Operação Radar. Os recursos serão usados para a aquisição de material, apoio, logística e segurança. “Em caso de chuvas, temos máquinas de prontidão jogando material específico na rodovia para liberar o tráfego dos caminhões, além de equipamento para reboque de carretas. Também contamos com apoio de saúde, alimentação de emergência e comunicação aos usuários por meio de rádio e satélite”, informou Freitas. 

A operação está organizada em três postos e conta com o reforço de 200 homens do Exército e de 60 militares da PRF (Polícia Rodoviária Federal) para garantir a segurança no transporte da safra. De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produção estimada de grãos para 2018/2019 é de 237,3 milhões de toneladas, crescimento de 4,2% em relação à safra passada. Desse total, 118,8 milhões de toneladas equivalem somente à produção da soja. 


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